O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) afirmou, nesta sexta-feira (5/12), que não vê problema na resistência de setores do Centrão ao seu nome para a disputa presidencial de 2026. Ele foi confirmado pelo pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), como o escolhido para concorrer ao Palácio do Planalto pelo Partido Liberal (PL).
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“Falo bem com todos eles [do Centrão]. Todo mundo sabe da dificuldade que vai ser essa eleição de 2026. O meu nome está colocado aí pelo próprio presidente Bolsonaro”, declarou o senador, logo após desembarcar no aeroporto de Brasília.
A fala do senador ocorre após manifestações de desconfiança por parte de dirigentes do Centrão, entre eles, Antônio Rueda, presidente do União Brasil e co-presidente da federação União Progressista. Embora tenha evitado confronto direto com Jair Bolsonaro ou com o senador, Rueda divulgou nota, nesta sexta, após a confirmação da escolha de Flávio, afirmando que a federação seguirá em direção distinta da polarização política.
Segundo ele, os “últimos acontecimentos” apenas confirmam a necessidade de um caminho político que privilegie a construção e o diálogo, e não o embate. “Em 2026, não será a polarização que construirá o futuro, mas a capacidade de unir forças em torno de um projeto sério, responsável e voltado para os reais interesses do povo brasileiro”, afirmou.
Rueda destacou que a federação, liderada por ele e por Ciro Nogueira, manterá a agenda pragmática voltada às demandas regionais e ao fortalecimento das bancadas estaduais. Segundo a nota, o grupo pretende se consolidar como alternativa ao cenário polarizado, buscando “construção” e “diálogo maduro entre diferentes visões”.
VINÍCIUS SCHMIDT/ METRÓPOLES @vinicius.foto
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Flávio tentou minimizar a reação negativa ao comentar as articulações políticas. Ele afirma que buscará ampliar alianças para além do núcleo bolsonarista e diz ter conversado, ainda nesta sexta, com lideranças dos partidos, como o senador Ciro Nogueira (PP-PI), o próprio Antônio Rueda (União) e o presidente do PSD, Gilberto Kassab. O senador relatou, também, encontro com o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), aliado de peso na construção da pré-campanha.
Ao defender a pré-candidatura, o parlamentar afirmou que pretende apresentar um plano de governo que “dê tranquilidade ao Brasil” e criticou diretamente a gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
“Agora cabe a mim trazer as pessoas certas pro meu lado, muita confiança e muita fé em Deus pra mostrar pro Brasil inteiro que o Brasil tem jeito, sim, que a gente não pode mais tolerar tanta corrupção, que a gente não pode mais tolerar tanto bandido mandando nas ruas, tantos milhões de brasileiros continuarem vivendo sob a ditadura de um governo paralelo do crime organizado, com milícias, de tráficos, de narcoterroristas”, disparou.
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Em mensagem publicada nesta sexta-feira (5/12), nas redes sociais, Flávio disse receber a indicação do pai com “grande responsabilidade”, classificou o pai como “a maior liderança política e moral do Brasil” e prometeu continuidade ao projeto encampado pelo ex-presidente.
Dentro do PL, a avaliação é que Flávio poderá reforçar a influência de Bolsonaro, especialmente com viagens pelo país e a reativação das articulações regionais. O senador também conta com o apoio de governadores alinhados ao bolsonarismo, como Tarcísio de Freitas, em São Paulo, e Cláudio Castro (PL), no Rio de Janeiro.
