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    Flávio revela a reação de Tarcísio ao descobrir escolha de Bolsonaro

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    O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) afirmou que não vai “cobrar” do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), uma manifestação pública após o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) escolher o filho para disputar o Palácio do Planalto em 2026.

    À Record, Flávio disse que a primeira pessoa informada sobre a decisão de Bolsonaro foi o próprio chefe do Palácio dos Bandeirantes e que a reação de Tarcísio teria sido positiva.

    “Talvez [o Tarcísio] tenha um dos principais papeis nas eleições de 2026. Tarcísio é uma peça fundamental nessa engrenagem. Tive contato com ele; foi a primeira pessoa com quem eu falei antes de começar a falar para outras pessoas qual tinha sido a decisão do presidente Bolsonaro. E, comigo, ele foi absolutamente transparente, direto: ‘Pode contar. Estamos juntos’”, disse.

    Flávio prosseguiu: “Não vou ficar cobrando do Tarcísio que ele se manifeste publicamente, porque ele já falou por várias, e várias, e várias vezes que o objetivo dele é ser candidato à reeleição no governo de São Paulo.”

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    O governador Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP) e o ex-presidente Jair Bolsonaro

    Isabella Finholdt/ Metrópoles
    Governador Tarcísio de Freiras e o senador Flávio Bolsonaro2 de 5

    Governador Tarcísio de Freiras e o senador Flávio Bolsonaro

    Foto de leitor/ coluna Paulo CappelliTarcísio deve ser candidato à Presidência com apoio de Bolsonaro e parte do Centrão3 de 5

    Tarcísio deve ser candidato à Presidência com apoio de Bolsonaro e parte do Centrão

    Pablo Jacob/Governo de SPTarcísio de Freitas e Jair Bolsonaro4 de 5

    Tarcísio de Freitas e Jair Bolsonaro

    Reprodução/InstagramJair Bolsonaro e Tarcísio de Freitas visitam feira de motopeças em São Paulo5 de 5

    Jair Bolsonaro e Tarcísio de Freitas visitam feira de motopeças em São Paulo

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    Preço para retirar a pré-candidatura

    O filho do ex-presidente, na entrevista, afirmou o preço para retirar a pré-candidatura é a soltura de Jair Bolsonaro. Ele reforçou que esse “preço” é o que chama de “justiça”.

    “O meu preço é justiça. E não é só justiça comigo, é justiça com quase 60 milhões de brasileiros que foram sequestrados — estão dentro de um cativeiro, neste momento, junto com o presidente Jair Messias Bolsonaro. Então, óbvio que não tem volta. A minha pré-candidatura à Presidência é muito consciente. Ela é para representar grande parte da população brasileira que não aceita mais essa quantidade enorme de desmandos”, disse Flávio.

    O senador prosseguiu afirmando que o lançamento de seu nome, com aval e a pedido do próprio Bolsonaro, simboliza esperança.  Ele ressalta que está “dando a cara a tapa” e que só vai “parar no dia da vitória”, desejando que as injustiças contra sua família e contra brasileiros que estão fora do país cessem.

    “Não tiro o meu nome, a não ser na condição de nós termos justiça — como eu falei aqui — não só com Bolsonaro, mas com centenas, com milhares, com milhões de brasileiros que estão sofrendo, angustiados, desesperançosos, com aquela sensação de: ‘A quem recorrer? O que a gente faz agora?’ Então, o lançamento do meu nome vem para resgatar esse brilho, para esquentar de novo o coração do brasileiro”, pontuou.

    Mais cedo, em Brasília, o senador havia dito estar disposto a negociar o “preço” para desistir da disputa, mas não detalhou qual seria. O aval de Bolsonaro à candidatura de Flávio foi divulgado em primeira mão pelo Metrópoles, na coluna do jornalista Paulo Cappelli.

    Pena

    Bolsonaro iniciou o cumprimento da pena pela trama golpista na Superintendência da Polícia Federal, onde se encontra preso preventivamente desde 22 de novembro por descumprimento de cautelar em outro processo. Bolsonaro tentou violar a tornozeleira que usava.

    O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes determinou o trânsito em julgado dos processos de Bolsonaro e outros réus do núcleo 1 da trama golpista. Com isso, abriu-se caminho para o ex-presidente cumprir a pena definitivamente. Ele foi considerado o líder da organização criminosa que visava mantê-lo no poder, depois das eleições de 2022, e condenado ao cumprimento da pena em regime fechado.

    Além disso, Bolsonaro está inelegível até 2060. Isso significa que o ex-presidente só poderia tentar um novo mandato a partir de 2062, quando terá completado 107 anos.