O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) confidenciou, nesta quinta-feira (11/12), qual foi a reação do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) ao saber que a Câmara dos Deputados aprovou, na madrugada dessa quarta (10/12), o Projeto de Lei (PL) da Dosimetria, que recalcula e reduz as penas dos condenados por crimes da trama golpista e dos atos do 8 de Janeiro.
O parlamentar revelou a reação do pai em entrevista ao canal Irmãos Dias Podcast. “Pode aprovar desse jeito que eu vou pagar o preço. Eu encaro isso aqui, eu resolvo, o que me dói o coração é saber que essas pessoas inocentes estão sendo perseguidas e não estão podendo conviver em suas casas”, teria sido dito por Bolsonaro, segundo Flávio.
O senador Flávio Bolsonaro (PL) visita o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL)
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Jair Bolsonaro e Flávio Bolsonaro
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O ex-presidente foi condenado pelo STF por tentativa de golpe de Estado
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O ex-presidente Jair Bolsonaro
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Jair Bolsonaro
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Jair Bolsonaro e Flávio
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Ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e seu filho, senador Flávio Bolsonaro (PL)
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A ideia inicial de aliados do ex-presidente era aprovar um projeto de anistia ampla, geral e irrestrita, livrando os condenados pelo 8 de Janeiro. O plano, no entanto, não saiu do papel. Ao assumir a relatoria da matéria, o deputado federal Paulinho da Força (Solidariedade-SP) afirmou que trabalharia por uma redução de pena e não por uma anistia.
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Benefícios a Bolsonaro
Apesar de o PL da Anistia não ter “ganhado corpo”, o PL da Dosimetria, caso aprovado no Senado, deve beneficiar Bolsonaro diretamente, com a redução da pena em regime fechado para até 2 anos e 4 meses, de acordo com o relator da proposta.
“Eu quero pagar o preço, deixa eu aguento mais aqui. Lá na frente a gente sabe como é que faz e vamos continuar lutando pela anistia porque, pelo menos, essas pessoas estarão em casa. Não vão estar sofrendo como eu estou sofrendo aqui. [É] mais uma força para eu lutar aqui dentro”, teria dito Bolsonaro a Flávio.
O ex-presidente está preso na Superintendência da PF, em Brasília, desde o dia 22 de novembro. Ele foi condenado pela Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) a 27 anos e três meses de prisão. Antes disso, ele vinha cumprindo prisão domiciliar desde 4 de agosto.
