Futuro líder do PSB, partido da base de Lula, o deputado Jonas Donizette (SP) explicou à coluna por que decidiu votar pela aprovação do PL da Dosimetria, que reduz as penas para os condenados pela trama golpista.
Donizette, que assume a liderança do PSB em 2026, disse que seu partido sabia de sua posição e que votou junto com a legenda nos destaques, mas optou pela aprovação da Dosimetria por uma questão de “justiça”.
Deputado federal Jonas Donizette (PSB-SP)
Deputado Jonas Donizette
Kayo Magalhães/Câmara dos Deputados
Deputado federal Jonas Donizette (PSB-SP)
Vinicius Loures/Câmara dos Deputados
“Eu avisei o partido antes que acompanharia a legenda nas votações anteriores, para tentar protelar [a votação], e que eu não concordei também com a mudança que o Paulinho [da Força, relator do PL da Dosimetria] fez na lei de execução, baixando de um quarto para um sexto para poder ter progressão de regime, mas que não tinha como não votar o projeto principal”, afirmou.
O parlamentar apontou que concorda com a solução dada pelo relator para evitar duplicidade nos crimes de golpe de Estado e abolição violenta do Estado Democrático, e que levou em consideração a opinião de juristas.
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“Eu votei, primeiro, porque acho que houve penas exageradas e, segundo, porque realmente espero uma pacificação do Brasil. Eu fui prefeito de Campinas e, quando assumi, havia uma situação muito parecida: no ano anterior, o prefeito tinha sido cassado, muitos processos na Justiça, e eu tomei a decisão de deixar aquilo no passado e olhar para frente, para os problemas da cidade”, explicou.
Como mostrou a coluna, Donizette foi o único voto favorável do PSB na principal deliberação da noite, na qual se votou o substitutivo de Paulinho da Força que alterou as penas dos condenados pela trama golpista.
Todos os outros parlamentares da sigla, que tem o vice-presidente Geraldo Alckmin como filiado, votaram contra ou se ausentaram da votação, na madrugada da quarta-feira (10/12).
