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    Gato Preto se defendeu em ação de PM dias antes de ser preso; entenda

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    A coluna Fábia Oliveira descobriu que, três dias antes de ser preso, Samuel Sant’Anna, o Gato Preto, se defendeu em uma ação em que é réu. O caso, que não tem conexão com o cárcere, envolve um policial militar.

    Como já contamos aqui, o influenciador foi abordado junto de colegas em um lava-jato, no Rio de Janeiro. Após um simulacro de arma de fogo ser encontrado com o segurança do famoso, o grupo foi conduzido até uma delegacia. Segundo Cleber, apenas o segurança foi ouvido, enquanto os demais aguardaram do lado externo. Acontece que, sem autorização, Gato Preto teria fotografado seu rosto, publicando sua imagem nas redes sociais com os dizeres: “sai pra lá seus perrequeiro”.

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    À Justiça, o PM sustenta que o episódio lhe causou constrangimento, desgaste perante a administração, humilhação e abalo emocional. Ele pediu uma indenização em R$ 30 mil por danos morais, além de uma retratação pública.

    Defesa de Gato Preto

    Em sua contestação, Gato Preta afirma ter simplesmente exercido seu direito de crítica a um agente público. Ele destaca que a foto foi tirada em local público e retrata o autor no exercício de sua atividade como PM.

    Gato Preto se defendeu em ação de PM dias antes de ser preso; entenda - destaque galeria3 imagensGato PretoGato PretoFechar modal.MetrópolesO influenciador Gato Preto após ser preso em SP por não pagar pensão alimentícia1 de 3

    O influenciador Gato Preto após ser preso em SP por não pagar pensão alimentícia

    Polícia Civil de SPGato Preto2 de 3

    Gato Preto

    Reprodução/InstagramGato Preto3 de 3

    Gato Preto

    Reprodução/Instagram

    O influenciador defende só ter narrado um fato e expressado seu descontentamento sobre a conduta do autor. Diz que usou a expressão “sai pra lá seus perrequeiro” para se referir à situação vivida, e não como um ataque pessoal ao policial.

    Gato Preto sustenta, ainda, que a crítica a agentes públicos é parte da democracia e não gera dano moral quando o crítico não age com a intenção de caluniar, difamar ou injuriar. Ele afirma ser esse o seu caso. O artista diz, também, que Cleber não apresentou provas de que sua postagem tenham gerado prejuízos concretos à sua carreira ou vida pessoal. Sem ter comprovado o dano, o militar não faria fazer jus à indenização.

    Por fim, Gato Preto atacou o valor de R$ 30 mil requisitado pelo policial, classificando a quantia como absurda, desproporcional e digna de configurar enriquecimento sem causa do agente público.

    Audiência de conciliação

    Um dia após apresentar sua defesa, em 12 de novembro, o influenciador faltou à audiência de conciliação marcada.

    Antes do “encontro”, Samuel havia pedido para participar da audiência virtualmente. O influenciador explicou residir em São José dos Campos, São Paulo, enquanto a conciliação aconteceria no Rio de Janeiro, onde tramita a ação.

    O policial militar, presente na audiência, pediu que Gato Preto seja dado como revél. Cleber pontuou que as audiências devem ocorrer presencialmente e que a ausência do famoso deveria ser punida com a revelia.

    Caso o artista se torne revél, os fatos narrados por Cleber à Justiça serão entendidos como presumidamente verdadeiros, complicando a situação do influencer. Eita!