O texto do Projeto de Lei Orçamentária para 2026 da cidade de São Paulo deverá prever R$ 55 milhões a mais em emendas aos vereadores.
Tradicionalmente, embora o município não tenha o modelo de emenda impositiva, na qual o Executivo é obrigado a pagar, há um acordo para que o governo inclua no orçamento R$ 5 milhões em emendas para cada um dos 55 vereadores.
No orçamento para o ano que vem, no entanto, a previsão é de R$ 6 milhões para cada parlamentar.
No total, portanto, o valor de emendas previsto no texto que será votado até o final do ano legislativo na Câmara Municipal será de R$ 330 milhões, contra R$275 milhões nos últimos anos.
“Agrado”
De acordo com vereadores de diferentes partidos, o relator do orçamento, Marcelo Messias (MDB), avisou aos colegas que o Executivo liberou o aumento.
O “agrado” aos vereadores ocorre em meio a uma vitória do prefeito Ricardo Nunes (MDB) na Câmara Municipal, após dez partidos oficializarem o apoio à reeleição de Ricardo Teixeira (União) como presidente da Casa.
A recondução de Teixeira tem o apoio do prefeito e abriu um racha entre a base aliada de Nunes e o União Brasil.
Embora seja do União, Teixeira não tem o apoio do partido, que indicou o vereador Rubinho Nunes, desafeto de Nunes, para a disputa.
A legenda, comandada em São Paulo pelo ex-presidente da Câmara Milton Leite, estuda expulsar Teixeira, sob a alegação de que ele quebrou um acordo interno da União que previa um rodízio entre os seus vereadores na presidência da Câmara.
Nos bastidores, parlamentares avaliam que o aumento no repasse de emendas foi interpretado como uma vitória de Teixeira junto ao Executivo e deve favorecer ainda mais sua candidatura.
A eleição da nova Mesa Diretora da Câmara será na próxima segunda-feira (15/12).
