Interlocutores de Lula no Congresso Nacional e no Palácio do Planalto apostam no Senado e no prório presidente da República para barrar o “PL da Dosimetria“, que diminui as penas para os condenados pela trama golpista.
A expectativa dos aliados de Lula é de que ele vete o projeto, caso seja aprovado na Câmara e no Senado — embora o petista tenha dito, em setembro, não se opor à redução de penas para condenados do 8 de Janeiro.
Presidente Lula
VINÍCIUS SCHMIDT/METRÓPOLES @vinicius.foto
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Na avaliação de auxiliares de Lula, o atual chefe do Planalto não teria hoje condições políticas de avalizar uma redução de penas para golpistas, o que poderia incluir o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
O PL da Dosimetria prevê que a pena dos condenados pelo STF por tentativa de golpe de Estado passará a ser menor do que a atual, incluindo Bolsonaro e membros das Forças Armadas.
Se o projeto for aprovado, Bolsonaro, por exemplo, ficaria 2 anos e 4 meses preso em regime fechado, segundo as contas do relator, deputado Paulinho da Força (Solidariedade-SP).
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O texto ainda precisa passar pelo Senado. Caciques do Centrão dizem que tudo já estaria acertado com Davi Alcolumbre (União-AP), insatisfeito com o governo Lula por causa da indicação de Jorge Messias ao STF.
Petistas, entrentanto, avaliam que, apesar do acerto com Alcolumbre, o Senado tem uma maioria contrária ao PL da Dosimetria, o que pode impedir que o texto seja aprovado pelos senadores.