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    Governo quer receita das bets para bancar “Universidade do Esporte”

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    De autoria do governo, o projeto de lei que cria a Universidade Federal do Esporte autoriza que parte da receita da instituição venha da arrecadação de bets e apostas virtuais, repassadas pelo Ministério do Esporte. O financiamento também incluirá verbas orçamentárias, convênios e receitas por serviços prestados.

    De acordo com o projeto enviado ao Congresso, a universidade é apresentada como parte do legado da Copa do Mundo de Futebol Feminino de 2027, que será realizada no Brasil.

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    Segundo a proposta, o futebol feminino “é predominantemente amador”, com “apenas 19,2% das atletas” possuindo vínculo profissional e “1,2% tem contrato de formação”.

    O texto aponta ainda que “45% das pessoas que trabalham com o futebol feminino são homens” e registra relatos de discriminação, afirmando que “41% das pessoas negras e 31% das indígenas” dizem ter sido vítimas de racismo durante suas funções.

    “Embora 57% dos jogadores da elite do futebol brasileiro sejam pretos ou pardos, não havia nenhum treinador negro comandando um clube da série A do Campeonato Brasileiro e apenas 17% dentre os auxiliares em 2023.”

    A inauguração da universidade está prevista para 2027, com sede em Brasília, oferecendo inicialmente cinco cursos de graduação e cinco de pós-graduação lato sensu. O plano é ampliar para onze graduações em até quatro anos, com capacidade máxima de 3 mil alunos.

    Segundo o governo, não haverá aumento imediato de despesa de pessoal, e a implementação dependerá de dotação específica no Orçamento Geral da União.