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    Hotel, lagosta e whisky 20 anos: polícia prende os “Barões do Calote”

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    A Polícia Civil do Rio de Janeiro (PCERJ) prendeu em flagrante quatro integrantes de uma quadrilha especializada em golpes contra bares, restaurantes e hotéis de alto padrão no Rio de Janeiro e em São Paulo.

    

    O grupo foi detido neste fim de semana após uma sequência de estelionatos cometidos na Zona Sul carioca, onde ostentava consumo de luxo sem efetuar pagamentos.

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    As prisões foram realizadas por agentes da 12ª Delegacia de Polícia (Copacabana), após monitoramento e trabalho de inteligência que identificaram um padrão de fraudes reiteradas.

    Segundo as investigações, os suspeitos consumiam refeições sofisticadas, como lagosta e camarões, além de bebidas importadas, entre elas whisky de 20 anos, e deixavam os estabelecimentos sem quitar as contas. Em apenas um bar, o prejuízo ultrapassou R$ 10 mil.

    Golpe atrás de golpe

    Após o golpe inicial, os policiais passaram a acompanhar os passos do grupo e constataram que os investigados estavam hospedados em um hostel no Rio.

    No local, a quadrilha utilizou cartões virtuais diferentes para realizar reservas fracionadas de diárias por meio de uma plataforma digital, numa tentativa de driblar mecanismos de segurança e evitar a detecção das fraudes.

    Ao todo, foram identificadas sete reservas feitas de forma estratégica. Além das diárias, os suspeitos também consumiram produtos e serviços no hostel, alegando que os valores seriam compensados posteriormente.

    No momento em que a gerente do estabelecimento se dirigia à delegacia para registrar ocorrência, os investigados cancelaram simultaneamente todos os pagamentos feitos com cartões virtuais, frustrando a cobrança de mais de R$ 5 mil.

    A queda dos barões

    Com base nas provas reunidas, os policiais efetuaram a prisão em flagrante dos quatro suspeitos quando eles se preparavam para deixar o local.

    Dois deles são oriundos do estado de São Paulo e já possuem antecedentes por estelionato e furto. Os outros dois, residentes no Rio de Janeiro, também têm registros criminais anteriores.

    Os presos foram autuados por estelionato e associação criminosa e permaneceram à disposição da Justiça.