Em uma votação, 93% das jogadoras da WNBA aprovaram uma medida. Elas autorizaram o Comitê Executivo da Associação de Jogadoras da WNBA (WNBPA) a convocar uma greve. A decisão foi tomada enquanto as negociações trabalhistas com a liga seguem estagnadas, gerando tensões com as atletas e os proprietários das equipes.
O comunicado oficial da WNBPA, divulgado na quinta-feira (18/12), esclarece que a aprovação não é um sinal imediato de paralisação, mas sim uma resposta à falta de avanço nas discussões sobre o novo acordo coletivo.
“O voto das jogadoras não é um chamado para uma greve imediata. Pelo contrário, é uma afirmação clara de que estamos unidas e preparadas para lutar pelo que é justo. Buscamos ser tratadas com o respeito que merecemos, e nossas reivindicações são justas e razoáveis”, disse.
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Caitlin Clark e colegas na WNBA
Dylan Buell/Getty Images)
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Steph Chambers/Getty Images
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A principal reclamação das jogadoras está centrada em torno de questões salariais e a divisão de receitas. As atletas exigem uma maior participação nos lucros da liga, além de melhorias em condições de trabalho, como viagens em voos fretados e padrões mais elevados para as instalações das equipes.
A negociação de benefícios de aposentadoria e o apoio ao planejamento familiar também são prioridades para as jogadoras.
Lembre
Em outubro, o comissário da NBA, Adam Silver, anunciou que as atletas deveriam receber aumentos significativos de salário no próximo acordo coletivo de trabalho (CBA), que substituiu o atual que expira em 31 de outubro.
De acordo com o termo, atualmente, as jogadoras da WNBA recebem cerca de 9% da receita da liga, enquanto os atletas da NBA recebem aproximadamente 50%.
No momento, os salários das jogadoras da WNBA variam de US$ 66 mil a US$ 249 mil, dentro de um teto salarial de US$ 1,5 milhão por time. Silver argumentou que essa diferença se deve ao tamanho e à escala financeira das duas ligas, tornando inadequada uma comparação direta entre as porcentagens.
“Acho que você deveria analisar em números absolutos, em termos do que eles estão ganhando. E eles vão ter um grande aumento neste ciclo de negociação coletiva, e eles merecem”, disse.
As negociações para o novo CBA estão em andamento, com a expectativa de que um acordo seja alcançado antes do início da temporada de 2026. Além de aumentos salariais, as jogadoras estão buscando melhorias em benefícios, um teto salarial mais flexível e um sistema de divisão de receitas mais equitativo.
A disparidade salarial entre a NBA e a WNBA evidencia as diferenças de receita, visibilidade e investimento histórico entre o basquete masculino e feminino nos Estados Unidos.
De acordo com o Spotrac, enquanto LeBron James, estrela dos Los Angeles Lakers, recebe um salário base de mais de US$ 52 milhões por temporada, A’ja Wilson, referência do Las Vegas Aces e múltiplas vezes MVP da WNBA, tem um salário base de cerca de US$ 200 mil dólares. Essa diferença astronômica, que ultrapassa 260 vezes apenas considerando os salários, exibe a realidade financeira das duas ligas.
