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    Justiça de SP manda Enel religar energia sob multa de R$ 200 mil/h

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    A Justiça de São Paulo determinou, na noite dessa sexta-feira (12/12), que a concessionária Enel restabeleça imediatamente o fornecimento de energia para os consumidores afetados pelo apagão que atinge a capital paulista e a região metropolitana há três dias. A decisão, em resposta a uma ação do Ministério Público (MPSP), estabelece multa de R$ 200 mil por hora em caso de descumprimento.

    No entanto, por volta das 10h deste sábado (13/12), mais de 470 mil imóveis permanecem sem luz, após um vendaval que atingiu a região. Os ventos de quase 100 quilômetros por hora causaram diversos impactos, como quedas de árvores e cancelamentos de voos.

    Justiça de SP manda Enel religar energia sob multa de R$ 200 mil/h - destaque galeria13 imagensVentania derrubou árvores em São PauloÁrvores caem sobre carros no IbirapueraÁrvores caem sobre carros no IbirapueraAvenida Brasil, sentido Parque do IbirapueraÁrvores caem sobre carros na zona sul de SPFechar modal.MetrópolesUma mulher morreu, na tarde dessa sexta-feira (12/12), ao ser atingida pela queda de uma árvore. O caso ocorreu na Rua Arminda de Lima, em Guarulhos, na região metropolitana de São Paulo1 de 13

    Uma mulher morreu, na tarde dessa sexta-feira (12/12), ao ser atingida pela queda de uma árvore. O caso ocorreu na Rua Arminda de Lima, em Guarulhos, na região metropolitana de São Paulo

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    Ventania derrubou árvores em São Paulo

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    Árvores caem sobre carros no Ibirapuera

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    Árvores caem sobre carros no Ibirapuera

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    Avenida Brasil, sentido Parque do Ibirapuera

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    Árvores caem sobre carros na zona sul de SP

    Jéssica Bernardo/MetrópolesVentania derrubou árvores em São Paulo7 de 13

    Ventania derrubou árvores em São Paulo

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    Estragos da ventania atingiram São Bernardo

    Redes sociais/ReproduçãoCorpo de Bombeiros recebeu mais de 500 chamados para queda de árvores. Carros, ônibus e vias ficaram bloqueados após a ventania10 de 13

    Corpo de Bombeiros recebeu mais de 500 chamados para queda de árvores. Carros, ônibus e vias ficaram bloqueados após a ventania

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    Ventania derrubou árvores na zona sul de São Paulo

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    Ventania derrubou árvores em São Paulo

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    Ventania derrubou árvores em São Paulo

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    A sentença é da 31ª Vara Cível do Foro Central. Na decisão, a juíza Gisele Vallle Monteiro da Rocha destacou que o fornecimento de energia elétrica configura um serviço público essencial e indispensável. Segundo a magistrada, o apagão que se estende há dias revela, “de modo eloquente, a gravidade da falha na prestação de um serviço público essencial e a vulneração direta de direitos básicos da população”.

    “A Constituição Federal não apenas incumbe ao Poder Público a prestação de serviços públicos, mas também lhe impõe o dever irrenunciável de manter um serviço adequado, condição esta que se estende por imperativo legal e contratual às concessionárias, o que torna juridicamente intolerável a interrupção prolongada sem resposta operacional célere e informada”, destacou a magistrada.

    A juíza ainda apontou que a duração excessiva da interrupção por mais de 72 horas, sem plano de contingência eficaz e sem comunicação minimamente adequada, evidencia grave falha estrutural.

    “Eventos climáticos severos, embora previsíveis nesta época do ano, exigem preparo prévio, estoque de materiais, logística de equipes e coordenação com o Poder Público e a Defesa Civil. O histórico recente demonstra que a concessionária não aprendeu com os episódios anteriores nem dimensionou sua estrutura para o período crítico de chuvas e festas, quando a demanda por respostas rápidas é absolutamente previsível”, concluiu.

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    A decisão determinou caráter de urgência, em até quatro horas, para religamento de energia em unidades hospitalares e serviços de saúde; eletrodependentes cadastrados junto à concessionária, cuja vida depende do fornecimento contínuo; instituições públicas essenciais, como delegacias, presídios e equipamentos de segurança; creches, escolas e espaços coletivos, especialmente em razão da realização de vestibulares e provas; sistemas de abastecimento de água e saneamento, como instalações da Sabesp e condomínios com bombas elétricas; e locais que concentram pessoas vulneráveis, como idosos e pessoas com deficiência.

    Para todas as demais unidades, o restabelecimento da luz deve ocorre no prazo máximo de 12 horas, a partir da notificação da Enel.

    Apagão após ciclone

    O que diz a Enel

    Procurada pelo Metrópoles, a Enel disse que não foi intimada da decisão e que “segue trabalhando de maneira ininterrupta para restabelecer o fornecimento de energia ao restante da população que foi afetada pelo evento climático”.