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    Kremlin: Putin não rejeita plano dos EUA, mas vê pontos “inaceitáveis”

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    O porta-voz da Rússia, Dmitry Peskov, afirmou, nesta quarta-feira (3/12), que o presidente russo, Vladimir Putin, não rejeitou o plano de paz dos Estados Unidos para a Ucrânia. A declaração ocorre um dia após a Rússia se reunir, em Moscou, com enviados do presidente Donald Trump, Steve Witkoff e Jared Kushner.

    O assessor presidencial russo, Yury Ushakov, havia afirmado que não foi encontrado um plano de paz consensual e que parte da redação do documento entregue à Rússia é “inaceitável”.

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    Nessa terça-feira (2/12), Putin se encontrou com a delegação enviada por Trump para discutir o plano de paz, que recebeu novas atualizações após reuniões com a Ucrânia em Genebra e na Flórida.

    Plano de paz

    • O projeto original de paz, apresentado por Trump, reúne 28 pontos, que têm sido constantemente criticados por supostamente favorecer o Kremlin.
    • O documento chegou a ser reduzido para 20 propostas, com o intuito de trazer melhorias para a Ucrânia, devido às críticas.
    • Os enviados de Trump foram à Rússia para entregar pessoalmente o plano elaborado com modificações feitas com a Ucrânia, em Genebra, na Suíça, e na Flórida, nos Estados Unidos.
    • Os líderes europeus, que insistem em participar das negociações, apresentaram uma contraproposta que diverge dos pontos apresentados pelos EUA.

    Ushakov havia dito que a reunião foi “útil e construtiva” e que algumas propostas do acordo “parecem mais ou menos aceitáveis, mas precisam ser discutidas”. Ele pontuou que parte da redação oferecida é “inaceitável”, segundo a agência russa Tass.

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    Apesar das críticas, Peskov reforçou que Putin não rejeitou as propostas de paz, mas considerou algumas delas inadequadas. Ele também agradeceu o presidente norte-americano por convocar as negociações.

    Rússia está pronta se Europa quiser guerra

    Momentos antes da reunião, Putin insistiu que não buscava uma guerra com a Europa e que não há planos nesse sentido. No entanto, afirmou que, se a Europa quiser iniciar um conflito, a Rússia está pronta “agora mesmo”.

    Ele acrescentou que a Europa está “impedindo o governo dos Estados Unidos de alcançar a paz na Ucrânia”.