Um ladrão foi espancado pelas próprias vítimas após uma tentativa de roubo a uma adega no primeiro minuto da madrugada de Natal, em Itatiba, interior de São Paulo. A reação partiu dos donos do estabelecimento, que são tio e sobrinho.
Ambos correram atrás, contiveram e bateram no suspeito, depois que ele e outros dois comparsas anunciaram o assalto usando o que seria uma arma de brinquedo, que foi levada pelos dois criminosos que conseguiram fugir.
Entenda o caso
- O caso ocorreu nos primeiros minutos desta quinta-feira (25/12), na Adega Gole Certo.
- Segundo registrado pela Polícia Civil, três homens encapuzados entraram no local.
- Um deles apontou o que parecia ser uma pistola e ordenou que o dinheiro do caixa fosse entregue.
- No momento da abordagem, o empresário Rafael Silveira, de 37 anos, que estava no caixa, reagiu.
“Levantei e fui para cima deles para defender meu patrimônio”, relatou à polícia. Os suspeitos correram, mas um acabou alcançado e agredido pelas vítimas.
“Não levaram nada”
Rafael afirmou ainda que, após a contenção, deduziu que a arma usada no anúncio do roubo era de brinquedo. “Eles não levaram nada da adega. Fugiram e levaram o simulacro com eles”, disse. O comerciante contou ainda que é proprietário do estabelecimento há cerca de dois anos e meio e mora no andar superior do imóvel.
O funcionário e sobrinho de Rafael, João Pedro Moraes, de 26 anos, confirmou a versão. “Um deles foi até meu tio e apontou a arma. Quando meu tio avançou, eles saíram correndo. Nós fomos atrás e conseguimos pegar um”, declarou.
O homem detido foi identificado como Carlos Daniel Silva dos Santos, de 19 anos. Ele apresentava lesões visíveis no rosto decorrentes das agressões e precisou ser encaminhado à Santa Casa de Itatiba, onde permaneceu internado sob escolta policial, sem previsão de alta no momento do registro da ocorrência. Por conta da hospitalização, não foi interrogado.
A Polícia Civil decretou a prisão em flagrante de Carlos Daniel por tentativa de roubo, com uso de simulacro de arma de fogo. O boletim de ocorrência registra que, em análise preliminar, as agressões sofridas pelo suspeito ocorreram em contexto de legítima defesa, embora eventual excesso deva ser apurado por meio de um inquérito policial.