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Lei permite que Tarcísio pegue R$ 5 bilhões em empréstimos no ano eleitoral

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Lei permite que Tarcísio pegue R$ 5 bilhões em empréstimos no ano eleitoral

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), sancionou uma lei que autoriza a contratação de até R$ 4,9 bilhões em empréstimos para investir em uma série de projetos considerados estratégicos para a gestão estadual. A aprovação das operações de crédito ocorre às vésperas da entrada no ano eleitoral, quando Tarcísio deve tentar a reeleição ou disputar a Presidência da República.

De acordo com a lei, cuja promulgação foi publicada no Diário Oficial dessa terça-feira (16/12), o governo paulista fica autorizado a contratar operações de crédito junto a instituições financeiras nacionais ou internacionais, além de organismos multilaterais e bilaterais, agências de fomento e bancos privados, como o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).

Segundo o governo, os empréstimos já foram encaminhadas pela gestão junto a organismos multilaterais e o projeto aprovado pela Assembleia Legislativa (Alesp) e sancionado pelo governador apenas cumpre uma formalidade de autorização legislativa para contratação dos financiamentos. A etapa é necessária para que o Estado faça a assinatura dos contratos e a execução dos investimentos.

“Todos passaram por tramitação regular, com análise técnica prévia e aprovação da Comissão de Financiamentos Externos (Cofiex), vinculada ao Ministério da Fazenda”, informou a Secretaria de Comunicação do governo Tarcísio.

Os empréstimos servirão para investimentos nos seguintes projetos:

Segundo o texto, os recursos serão incluídos como receita no orçamento do Estado ou em créditos adicionais. Além disso, o governo paulista fica autorizado, por meio de decreto, a abrir créditos suplementares ou especiais, caso ache necessário.

Para as operações de crédito, a gestão estadual poderá contar com mecanismos de garantia e contragarantia, inclusive com participação da União. Os recursos devem ser aplicados somente nas ações especificadas na lei.

A lei ainda permite a contratação de outros R$ 3,4 bilhões em obras de mobilidade como o corredor Itapevi-SP, da EMTU (R$ 325 milhões); VLT da Baixada Santista (R$ 858,9 milhões); e outros R$ 2,26 bilhões para a Linha 6-Laranja. Esses aportes, no entanto, já estavam previstos em lei anterior.

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Ainda de acordo com o governo paulista, no pacote há projetos com operações já aprovadas e outras em fase de consolidação documental. As captações previstas para o sistema de travessias litorâneas e para o Programa de Desenvolvimento Rural Sustentável conta com operações aprovadas junto ao Banco Mundial. Já o Profisco III tem operação aprovada com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).

As obras civis da Linha 2-Verde do Metrô possui operação em estruturação com apoio da Corporação Andina de Fomento (CAF). Já a Linha 6-Laranja, de acordo com a gestão, já possui legislação autorizadora. O projeto, nesse caso, incorpora a cláusula que permite captação externa adicional, também junto a organismos internacionais.

‘Esqueletos’ de Alckmin

O Metrópoles mostrou que Tarcísio de Freitas aposta em obras que herdou do espólio tucano no estado como possíveis trunfos eleitorais em 2026, seja como candidato à Presidência da República, seja na busca pela reeleição em São Paulo.

Muitas delas foram iniciadas ainda na gestão do hoje vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB), na época em que ele era governador paulista pelo PSDB — foram 14 anos à frente do estado —, e adversário político do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Entre elas, estão as obras da Linha 2-Verde e da Linha 6-Laranja, que poderão ter aportes vindos dos empréstimos autorizados.

Prestes a entrar no último ano de mandato, Tarcísio vem buscando deixar claras as suas marcas. Entre as principais “vitrines” nesse sentido, além das linhas de metrô, estão a conclusão do trecho norte do Rodoanel, o fim da Cracolândia, propagandeada pelo governo, e a privatização da Sabesp.

Veja as obras atrasadas que podem ser trunfo eleitoral de Tarcísio

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