MAIS

    Líder do PL se manifesta sobre renúncia de Zambelli na Câmara

    Por

    O líder do Partido Liberal (PL) na Câmara dos Deputados, Sóstenes Cavalcante (RJ), declarou, neste domingo (14/12), que a renúncia do mandato parlamentar da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP), não foi “improvisada” e partiu de uma decisão “estratégica”. Segundo o político, ela renunciou para preservar direitos políticos.

    Zambelli oficializou, neste domingo, a desistência do cargo de Secretaria-Geral da Mesa da Câmara dos Deputados. A informação foi confirmada por nota divulgada pela própria Casa.

    A renúncia foi a forma que a deputada — que está presa na Itália — encontrou para evitar ser cassada.

    Leia também

    “A renúncia não foi improvisada nem emocional. Foi uma decisão estratégica diante de uma decisão vergonhosa do STF, que ignorou o devido processo legal e avançou sobre garantias constitucionais básicas. Ao renunciar antes da conclusão da cassação, Carla Zambelli preserva direitos, amplia possibilidades de defesa e evita os efeitos mais graves de um julgamento claramente politizado, ganhando margem jurídica para buscar liberdade e permanecer na Itália”, afirmou Sóstenes.

    “Isso não é fuga. É cálculo jurídico em um ambiente de exceção. Quando a Corte perde a imparcialidade, a estratégia passa a ser a única forma de proteção contra o arbítrio”, continuou o líder.

    Na última quinta-feira (11/12), o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes anulou a decisão da Câmara que negava a cassação de Zambelli e determinou a perda imediata do mandato da deputada.

    Líder do PL se manifesta sobre renúncia de Zambelli na Câmara - destaque galeria7 imagensA deputada federal Carla Zambelli foi condenada a 10 anos de prisão pelo STFA deputada federal Carla Zambelli foi condenada a 10 anos de prisão pelo STFCarla ZambelliA deputada federal Carla Zambelli foi condenada a 10 anos de prisão pelo STFA deputada Carla Zambelli foi condenada a 10 anos de prisãoFechar modal.MetrópolesCarla Zambelli, presa na Itália, deletou sua conta no X após desbloqueio determinado por Moraes1 de 7

    Carla Zambelli, presa na Itália, deletou sua conta no X após desbloqueio determinado por Moraes

    Fábio Vieira/MetrópolesA deputada federal Carla Zambelli foi condenada a 10 anos de prisão pelo STF2 de 7

    A deputada federal Carla Zambelli foi condenada a 10 anos de prisão pelo STF

    VINÍCIUS SCHMIDT/METRÓPOLES @vinicius.fotoA deputada federal Carla Zambelli foi condenada a 10 anos de prisão pelo STF3 de 7

    A deputada federal Carla Zambelli foi condenada a 10 anos de prisão pelo STF

    Rafaela Felicciano/MetrópolesCarla Zambelli4 de 7

    Carla Zambelli

    Igo Estrela/Metrópoles @igoestrelaA deputada federal Carla Zambelli foi condenada a 10 anos de prisão pelo STF5 de 7

    A deputada federal Carla Zambelli foi condenada a 10 anos de prisão pelo STF

    VINÍCIUS SCHMIDT/METRÓPOLES @vinicius.fotoA deputada Carla Zambelli foi condenada a 10 anos de prisão6 de 7

    A deputada Carla Zambelli foi condenada a 10 anos de prisão

    VINÍCIUS SCHMIDT/METRÓPOLES @vinicius.fotoLíder do PL se manifesta sobre renúncia de Zambelli na Câmara - imagem 77 de 7

    Na votação em plenário, 227 parlamentares se posicionaram a favor da cassação, 110 foram contrários e 10 se abstiveram. Como o resultado não alcançou os 257 votos necessários, a representação que buscava a cassação acabou sendo arquivada. O despacho de Moraes, porém, modificou o entendimento da Casa e reverteu o desfecho da decisão.

    Condenação

    Zambelli foi condenada pela Primeira Turma do STF a 10 anos de prisão por participar da invasão, junto com o hacker Walter Delgatti Neto, dos sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Ela está presa na Itália desde julho, depois de fugir do Brasil. Em reclusão, a parlamentar não pode votar ou exercer o mandato, que, até então, era mantido pela Câmara.

    De acordo com Moraes, a deliberação da Casa, que rejeitou a perda do mandato de Zambelli, “ocorreu em clara violação à artigo 55, III e VI, da Constituição Federal”.

    “Trata-se de ato nulo, por evidente inconstitucionalidade, presentes tanto o desrespeito aos princípios da legalidade, moralidade e impessoalidade, quanto flagrante desvio de finalidade”, ponderou.

    O ministro considerou que, segundo previsto pela Constituição Federal, é o Poder Judiciário quem determina a perda do mandato do parlamentar condenado criminalmente com trânsito em julgado.

    Suplente

    Com a formalização da renúncia, o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), determinou a convocação do suplente Adilson Barroso (PL-SP) para ocupar a vaga deixada por Zambelli.

    A medida segue o regimento interno da Casa e a legislação eleitoral, após comunicação oficial da Secretaria-Geral da Mesa.

    Veja também: