Caciques do Centrão resistem à candidatura do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) ao Planalto e estão em busca de um plano para tentar isolá-lo. Nesta segunda-feira (8/12), os líderes partidários não atenderam inicialmente a um convite para uma reunião organizada pelo filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) para discutir o apoio à sua pré-candidatura.
Flávio convidou os presidentes de siglas de centro e direita, incluindo Valdemar Costa Neto, do Partido Liberal (PL); Antonio Rueda, do União Brasil; Ciro Nogueira, do Progressistas (PP); e o presidente do Republicanos, deputado federal Marcos Pereira, para uma reunião nesta segunda.
Entretanto, os líderes decidiram entre si que não aceitariam o convite. Segundo apurou o Metrópoles, alguns dos presidentes citados trocaram telefonemas antes de recusar o convite combinando tudo. Até mesmo o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), estaria ciente da articulação contra Flávio. Os envolvidos estão alegando problemas de agenda.
O filho mais velho de Jair Bolsonaro foi escolhido pelo pai para representá-lo na corrida ao Planalto, mas precisa convencer os próprios aliados do ex-presidente sobre sua viabilidade eleitoral frente ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
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O único a topar ir ao jantar organizado pelo filho 01 de Bolsonaro foi Valdemar, presidente de sua sigla. O presidente do PP, um dos aliados mais próximos de Bolsonaro, teria ficado em cima do muro, mas também acabou topando não comparecer.
Recado a Flávio
A resistência pelo nome de Flávio é fruto de outra preferência. O nome articulado pelos partidos do Centrão para suceder o ex-mandatário na disputa pela Presidência da República no próximo ano ainda é o do governador de São Paulo. No início deste ano, Bolsonaro chegou inclusive a indicar a aliados que apoiaria Freitas, mas acabou mudando de ideia.
