Durante a última reunião ministerial, Lula informou aos auxiliares que o Ministério da Segurança Pública será recriado em 2026. A decisão foi tomada após conversas com especialistas no Palácio do Planalto, que abordaram a operação policial no Rio de Janeiro que deixou 121 mortos e a articulação com Donald Trump no enfrentamento ao crime organizado.
Em sua fala, no dia 17/12, o chefe do Executivo destacou aos titulares das pastas que o “ano da verdade exige decisões importantes”. Nos bastidores, auxiliares apostam no nome de Andrei Rodrigues, atual diretor-geral da Polícia Federal, para comandar a nova estrutura.
A avaliação no Planalto é que a recriação da pasta representa uma investida do governo para dar atenção reforçada a uma área considerada sensível, diante do avanço de organizações criminosas e da pressão por respostas mais coordenadas na segurança pública. A medida também busca centralizar estratégias hoje dispersas entre diferentes ministérios e órgãos federais.
Atualmente, as atribuições de segurança estão concentradas no Ministério da Justiça e Segurança Pública, encabeçado por Ricardo Lewandowski, modelo que auxiliares consideram sobrecarregado. A nova configuração permitiria foco exclusivo em políticas de prevenção, inteligência e cooperação federativa, além de fortalecer o diálogo com estados e municípios sobre ações de combate ao crime organizado.
Entre fevereiro e dezembro de 2018, no governo Michel Temer, existiu formalmente o Ministério da Segurança Pública. Ele foi criado por medida provisória (MP nº 821/2018), que desmembrou a área de segurança do então Ministério da Justiça.
Prioridade do governo em 2026
O governo federal pretende elevar a segurança pública ao centro da agenda política e tratá-la como bandeira de 2026. A avaliação no Planalto é que o avanço do crime organizado e a crescente cobrança da opinião pública exigem maior coordenação federal, com políticas específicas, estrutura dedicada e atuação mais integrada com estados e municípios.
