A WePink, marca de cosméticos da influenciadora digital Virginia Fonseca, foi multada em mais de R$ 1,5 milhão por diversas infrações ao Código de Defesa do Consumidor (CDC). Entre elas, a empresa é acusada de não enviar aos clientes a totalidade dos produtos vendidos.
A autuação, no valor de R$ 1.566.416,66, foi aplicada pelo Programa de Proteção e Defesa do Consumidor de São Paulo (Procon-SP). A penalidade ocorreu após uma fiscalização do órgão, motivada por reclamações de consumidores.
Leia também
-
WePink, de Virginia, terá que pagar R$ 5 milhões após acordo judicial
-
WePink fecha acordo com MPGO e Virginia pode voltar a fazer lives
-
Juíza suspende ação do MP contra WePink e Virginia. Entenda o motivo
-
WePink, de Virginia, e MP negociam acordo em caso de lives proibidas
Consumidores acusam WePink de falha na entrega e falta de transparência
A WePink é acusada, principalmente, de descumprir os prazos de entrega. Em alguns casos, os produtos vendidos sequer foram entregues. A empresa também não presta serviço adequado no pós-venda, segundo o Procon-SP.
Os consumidores relataram demora excessiva para estornar valores e para entregar novos produtos em casos de substituição por vício.
A marca também teria resistido a responder às solicitações de consumidores que tentaram exercer o “direito de arrependimento” dentro do prazo legal – até sete dias, como prevê o artigo 49 do CDC.
A fiscalização do Procon-SP identificou ainda que a WePink deixou de informar dados obrigatórios para o comércio eletrônico, como o endereço físico e o e-mail para contato.
Segundo o órgão de defesa do consumidor, a multa foi estipulada de acordo com a gravidade da infração, a vantagem auferida e a condição econômica do fornecedor.
“A empresa tem direito à defesa e os consumidores que continuarem enfrentando dificuldades ao comprarem no site devem formalizar reclamações no Procon-SP ou no órgão de defesa do consumidor de sua cidade ou estado”, destacou a instituição.
Procurada pelo Metrópoles, a WePink não se pronunciou, até a última atualização desta reportagem. O espaço segue aberto para manifestações.