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Master: PF coletará depoimentos antes de acareação no STF

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Master: PF coletará depoimentos antes de acareação no STF

A Polícia Federal (PF) colherá o depoimento do presidente do Banco Master, Daniel Vorcaro, do ex-presidente do Banco de Brasília (BRB), Paulo Henrique Costa, e do diretor de Fiscalização do Banco Central (BC), Ailton de Aquino Santos, antes de eventual acareação prevista para ocorrer no Supremo Tribunal Federal (STF).

Os depoimentos serão conduzidos por uma delegada da PF a partir das 14h desta terça-feira (30/12). Após ouvir os três por videoconferência, caso entenda necessário, a investigadora poderá indicar ao juiz auxiliar do gabinete do relator do caso, ministro Dias Toffoli, a realização de acareação entre os envolvidos logo na sequência.

A eventual acareação, caso seja indicada pela investigação, tem como finalidade esclarecer divergências entre os núcleos do caso Master, além das circunstâncias em que podem ter ocorrido as fraudes apuradas.

O diretor do BC participou de reuniões com o presidente da instituição, Gabriel Galípolo, além de Paulo Henrique Costa e Daniel Vorcaro, para tratar da transação de compra do Banco Master pelo BRB. As explicações prestadas na presença do diretor do BC trataram de formalidades e do modo como se daria a composição do banco, considerando que havia previsão de venda de ativos para outras instituições.

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Ao responder embargos de declaração apresentados pelo BC e pelo diretor, Toffoli indicou que a instituição e o dirigente não são investigados, mas que a participação deles é de “especial relevância” para o esclarecimento dos fatos apurados pela PF.

“Ressalto, ademais, que o objeto da investigação cinge-se à apuração das tratativas que orbitaram a cessão de títulos entre instituições financeiras — sob o escrutínio da autoridade monetária conforme disposição legal —, é salutar a atuação da autoridade reguladora nacional e sua participação nos depoimentos e acareações entre os investigados”, escreveu Toffoli em decisão de 27 de dezembro.

Caso Master

O BRB anunciou o plano de adquirir o controle do Master em março deste ano. No entanto, a operação levantou suspeitas de risco. Após diversas reuniões, o BC negou a compra por considerar que a transação apresentaria riscos, o que inclui a falta de viabilidade econômica.

Mesmo após o veto, o BRB comprou carteiras de crédito do Master. A PF apontou indícios de uso de engenharia contábil para mascarar irregularidades, o que teria ocasionado fraudes no sistema financeiro estimadas em R$ 12,2 bilhões.

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