Seis policiais militares do Batalhão de Choque foram denunciados pelo Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ). O grupo teria cometido crimes durante a megaoperação Contenção, em 28 de outubro, nos complexos do Alemão e da Penha.
Eles foram denunciados por peculato, furto qualificado e fraude processual. Os PM são suspeitos de se apropriarem de um fuzil apreendido, furtar peças de um veículo encontrado na comunidade e tentar manipular as próprias câmeras para impedir seu funcionamento.
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As imagens registradas pelas câmeras corporais usadas pelos policiais militares durante a megaoperação se tornaram fundamentais para as investigações.
A denúncia, protocolada na Auditoria de Justiça Militar, detalha que um dos fuzis recolhidos durante a ação, que terminou com 122 mortos, segundo o governo do estado, foi retirado de uma residência já controlada pelas forças de segurança.
As imagens mostram os policiais escondendo a arma dentro de uma mochila, sem qualquer registro no boletim de apreensões.
Em outro episódio apurado pelo MPRJ, quatro policiais são apontados por retirar peças de uma caminhonete encontrada na Vila Cruzeiro.
Enquanto agiam, tentaram obstruir as câmeras corporais, seja cobrindo as lentes, seja desligando os equipamentos. As gravações, porém, registraram momentos suficientes para embasar a denúncia.
A Polícia Militar afirmou, em nota, que não compactua com desvios de conduta e que colabora com a investigação. Os policiais denunciados podem responder por crimes militares e administrativos.
A denúncia do MPRJ agora segue para análise da Justiça Militar. Se aceita, transforma os seis agentes em réus.
