O ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, manifestou ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) o desejo de deixar o comando da pasta no próximo ano. De acordo com auxiliares, ele teria citado a intenção de “descansar”, e uma eventual saída ocorreria de forma consensual com o chefe do Executivo.
À reportagem do Metrópoles, integrantes da administração pública vinculados ao ministério afirmaram ter sido pegos de surpresa pela informação. “Esperamos conversar com o ministro e tentar convencê-lo a permanecer, caso isso se confirme”, declarou um integrante do segundo escalão do Ministério de Justiça e Segurança Pública.
O Metrópoles apurou que houve, de fato, uma ligação entre Lewandowski e Lula no início da semana para tratar de alguns temas. Segundo esse interlocutor, porém, o desligamento não foi o assunto central da conversa. O ministro teria discutido com o presidente o desmembramento da pasta e possíveis nomes para comandar o novo ministério a ser recriado, entre eles Andrei Rodrigues, diretor-geral da Polícia Federal. Esta informação foi antecipada na coluna do Paulo Cappelli.
Procurada, a assessoria de Lewandowski informou que não há decisão tomada sobre sua permanência ou saída do cargo. Segundo a comunicação, o ministro deve se reunir com Lula no dia 7 de janeiro para alinhar os próximos passos. “Existe um desejo de aposentadoria, mas não para agora”, afirmou um auxiliar próximo ao ministro.
