Mulheres de vários bairros da capital paulista e de cidades da região metropolitana de São Paulo participam, neste domingo (7/12), do ato contra os feminicídios. A manifestação, organizada pelo Movimento Nacional Mulheres Vivas, foi marcada após uma série de casos brutais chocar a população nos últimos dias e lotou os dois lados da Avenida Paulista em frente ao Museu de Arte de São Paulo (Masp).



Ato na Paulista contra feminicídio
Jessica Bernardo/Metrópoles
Ato na Paulista contra feminicídio
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Ato Mulheres Vivas na Avenida Paulista
Reprodução/Redes sociais
Ato na Paulista contra feminicídio
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Ato Mulheres Vivas na Avenida Paulista
Reprodução/Redes sociais
Ato Mulheres Vivas na Avenida Paulista
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Mulheres levam faixas pedindo o fim do feminicídio
Marcelo Camargo/Agência Brasil
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Organização afirma que o movimento ocorreu em pelo menos 20 estados e no DF
Marcelo Camargo/Agência Brasil
No caso mais recente no DF, Maria de Lourdes, de 25 anos, foi morta pelo soldado Kelvin Barros da Silva
Marcelo Camargo/Agência Brasil
Participantes vestiram roxo e levaram cruzes pintadas de vermelho
Marcelo Camargo/Agência Brasil
Mulher com a palma da mão aberta, pintada em vermelho
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Ato na Paulista contra feminicídio
Jessica Bernardo/Metrópoles
Ato na Paulista contra feminicídio

Ato na Paulista contra feminicídio

Ato na Paulista contra feminicídio
Jessica Bernardo/Metrópoles
Ato na Paulista contra feminicídio
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Ato na Paulista contra feminicídio
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Um dos mais emblemáticos lembrados no protesto foi a tentativa de feminicídio contra Tainara Souza Santos, de 30 anos. Ela teve as duas pernas amputadas após ser atropelada e arrastada por um ex-companheiro pela Marginal Tietê, uma das vias mais movimentadas da cidade. O homem foi preso e disse não conhecia a vítima.
“Foi muito difícil receber essas notícias. Eu não poderia estar em casa hoje, vendo o meu time jogar, acomodada no sofá. Eu precisava estar aqui”, afirmou a aposentada Miriam Saques, de 69 anos.
A servidora pública Elaine Lakeisha, 39, saiu de São Caetano, na Grande São Paulo, para participar do protesto na capital paulista.
“Eu sou mãe de duas meninas e é por elas também que eu estou aqui”, afirmou. Ao Metrópoles, Elaine disse que é preciso mudar a cultura machista do país para que as mulheres possam viver. E que essa mudança passa pela educação dos futuros homens.
“Temos que transformar os meninos de hoje em grandes homens no futuro para que as nossas meninas sejam livres e possam continuar vivas”.
Eliane Dias, 44, levou o filho de 5 meses para o protesto com o mesmo pensamento. “Eu vou ensinar ele a nunca agredir uma mulher e sempre respeitar”.
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As manifestantes, de todas as idades, levavam cartazes com os números do feminicídio e cobrando mais empenho no combate aos assassinatos de mulheres. O governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) foi criticado no evento — a segurança é responsabilidade do governo estadual.
A cidade de São Paulo registrou recorde no número de feminicídios em 2025: foram 53 casos entre janeiro e outubro. Mesmo sem as ocorrências de novembro e dezembro, o número é o maior desde 2015, quando a série histórica foi iniciada.
“Pauta é anistia”, diz vice-prefeito
O vice-prefeito de São Paulo, Coronel Mello Araújo (PL), disse que, apesar o assunto dos feminicídios ser importante, a pauta deste domingo (7/12) é a anistia do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e confirmou que não compareceria ao ato contra o assassinato de mulheres.
“A nossa pauta hoje é anistia. É o povo que está dizendo. Tudo é importante, mas a pauta hoje é anistia”.
Mello Araújo foi quem convocou o ato em defesa da anistia para Jair Bolsonaro e os demais condenados pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por participação no plano golpista. A manifestação foi esvaziada e ocupou apenas um trecho da Avenida Paulista, no sentido Paraíso, em frente ao Centro Cultural Fiesp.
O político ainda culpou o governo federal e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pelo recorde de feminicídios em São Paulo. A cidade registrou neste ano o maior número de casos da série histórica, com 53 vítimas até outubro.



Ato na Paulista pró-Bolsonaro
Jessica Bernardo/Metrópoles
Ato na Paulista pró-Bolsonaro
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Ato na Paulista pró-Bolsonaro
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Mello Araújo
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“É um problema do país e a gente muda isso aí, basta os políticos quererem. Precisa ter lei boa. O problema é o seguinte: o governo federal, quando o presidente da República fala que traficante não é criminoso, é vítima, é isso que acontece, o crime cresce. O presidente, embora pense assim, nunca poderia falar isso porque incentiva o crime. E o feminicídio é um crime”.
O irmão do ex-presidente Jair Bolsonaro, Renato Bolsonaro, também esteve no ato e comentou sobre a indicação de Flávio Bolsonaro ao Planalto em 2026. Segundo ele, não haveria nome melhor para a disputa. Renato afirmou que, na sua avaliação, “não existe direita e esquerda, existe direita e sistema”, classificando Flávio como o único representante da direita na corrida. Ele também falou sobre Michelle Bolsonaro, que voltou a ser mencionada por apoiadores como possível liderança política. Renato disse que ela “vai entender” que o apoio deve ser integral a Flávio Bolsonaro e que, apesar da popularidade de Michelle entre a base bolsonarista, o foco do grupo deve permanecer na candidatura do senador.







