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    Ministério Público do TCU tenta impedir renovação de contrato da Enel

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    O Ministério Público no Tribunal de Contas da União (MPTCU) recomendou, nessa sexta-feira (12/12), determinação de suspensão de quaisquer atos administrativos da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) relacionados à renovação do contrato da concessionária Enel.

    Para o órgão, “falhas graves” na prestação do serviço de distribuição de energia em São Paulo evidenciam violação da Constituição. “É essencial que o Tribunal de Contas da União, no exercício de sua função preventiva e fiscalizadora, adote medidas para evitar a perpetuação de concessões que não atendam aos padrões exigidos pela legislação”, apontou o parecer do subprocurador-geral, Lucas Rocha Furtado.

    O pedido, que ainda deve ser avaliado pelo presidente do TCU, destacou ainda que os episódios naturais, embora impactantes, não podem ser considerados imprevisíveis, “especialmente em regiões como São Paulo, que historicamente enfrentam chuvas intensas, ventos fortes e granizo”.

    Ao Metrópoles, Furtado disse que o objetivo é “provocar manifestação da equipe técnica do TCU”.

    Apagão em São Paulo

    Na noite de sexta, a Justiça determinou que a Enel restabeleça imediatamente o fornecimento de luz, sob multa de R$ 200 mil por hora em caso de descumprimento. No entanto, a distribuidora alegou que ainda não havia sido notificada e que “segue trabalhando de maneira ininterrupta”.

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    Uma mulher morreu, na tarde dessa sexta-feira (12/12), ao ser atingida pela queda de uma árvore. O caso ocorreu na Rua Arminda de Lima, em Guarulhos, na região metropolitana de São Paulo

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    Intervenção na Enel

    No início de dezembro, a área técnica do TCU já havia pedido que a Aneel considerasse detalhadamente a possibilidade de decretar intervenção na concessão da Enel, que vale até 2028 e é alvo de conflitos entre governos municipal e estadual com a gestão federal. A empresa quer renovação por mais 30 anos.

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    O relatório de exame técnico levou em conta constantes interrupções no serviço de energia elétrica fornecido pela distribuidora em São Paulo.

    Sugerida após descumprimento de plano de contingência por parte da concessionária, a avaliação da agência deve englobar estudos, documentos e fundamentação técnica. Além disso, é preciso contemplar apontamento de possíveis riscos, impactos e consequências práticas.

    O que diz a Enel

    Procurada pelo Metrópoles, a Enel argumentou, em nota, que tem cumprido integralmente as obrigações contratuais e regulatórias, assim como o plano de recuperação apresentado em 2024 à Aneel.

    “Ao longo do ano, a Enel SP manteve uma trajetória contínua de melhoria, numa demonstração de que todas as ações implementadas, acompanhadas em fiscalizações mensais pelo regulador, são estruturais e permanentes”, argumentou.