Moradores de um condomínio em Perdizes, na zona oeste de São Paulo, afirmam que a Enel mudou a data de início do apagão em protocolos que pedem o restabelecimento do fornecimento de energia. Segundo as pessoas, a suspeita é a de que a companhia tenha feito a alteração para minimizar o problema e evitar cobranças no futuro sobre o prazo para religar a luz no local.
Moradores que denunciam a mudança nos protocolos vivem em um prédio na Rua Bartira, em Perdizes. Os registros iniciais apontavam que a falta de energia teria começado na quarta-feira (10/12), às 12h46, em meio à sequência histórica de rajadas de vento que atingiu a capital paulista.

Porém, um novo protocolo apontou que os problemas tiveram início somente na tarde dessa sexta-feira (12/12), às 16h35. Até o fim da manhã deste sábado (13/12), moradores seguiam sem energia elétrica no local.
Subsíndico do prédio, Ricardo Isaac Bellelis, de 56 anos, diz que os transtornos começaram na quarta e, desde então, a situação foi degringolando. Ele suspeita que a Enel tenha alterado o início do apagão nos protocolos para minimizar acusações futuras. “Alguma fraude tecnológica para tentar se beneficiar em relação ao tempo. Eles devem ser regulamentados por prazo de resposta”, diz.
Trabalhadores da Enel tentam reparar fiação no Ipiranga, na zona sul de São Paulo
William Cardoso/Metrópoles
Trabalhadores da Enel tentam reparar fiação no Ipiranga, na zona sul de São Paulo
William Cardoso/Metrópoles
Trabalhadores da Enel tentam reparar fiação no Ipiranga, na zona sul de São Paulo
William Cardoso/Metrópoles
Trabalhadores da Enel tentam reparar fiação no Ipiranga, na zona sul de São Paulo
William Cardoso/Metrópoles
Trabalhadores da Enel tentam reparar fiação no Ipiranga, na zona sul de São Paulo
William Cardoso/Metrópoles
Trabalhadores da Enel tentam reparar fiação no Ipiranga, na zona sul de São Paulo
William Cardoso/Metrópoles
Trabalhadores da Enel tentam reparar fiação no Ipiranga, na zona sul de São Paulo
Leia também
-
Enel prevê volta da energia em São Paulo até o fim deste domingo
-
Justiça de SP manda Enel religar energia sob multa de R$ 200 mil/h
-
Técnicos da Enel gravam dancinha na Paulista enquanto SP vive apagão
-
Moradores protestam contra a Enel após 48h sem energia elétrica
Bellelis diz que, assim como em outros pontos da cidade, moradores sofreram nos últimos dias com a falta de energia. “Temos mãe que armazenava leite materno na geladeira. Uma moradora de 97 anos com a necessidade de manter medicação refrigerada”, afirma.
O que diz a Enel
Questionada neste sábado (13/12) sobre a situação relatada pelos moradores, a Enel não se manifestou sobre a divergência nas datas de início do apagão nos protocolos, mas disse que técnicos “estão na região verificando todo o circuito elétrico que passa também pela Rua Bartira”.