O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes concedeu mais tempo para que a Polícia Federal (PF) conclua e apresente o laudo pericial sobre o estado de saúde do general Augusto Heleno, após defesa alegar que o militar tem Alzheimer.
Com a autorização do ministro, relator dos processos relacionados à tentativa de golpe de Estado, a PF deve entregar o laudo até o dia 26 de dezembro.
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O pedido da PF decorre da necessidade manifestada pelo perito médico responsável pela perícia, que solicitou mais tempo para a conclusão do material, inicialmente previsto para ser encaminhado pela corporação nessa quarta-feira (17/12).
“Informo que, embora o prazo originalmente estabelecido encerre-se na presente data (17/12/2025), o Perito Médico responsável indicou a necessidade de maior tempo para a análise detida de novos documentos e quesitos apresentados pela Defesa na véspera da diligência”, escreveu a PF no pedido concedido por Moraes.
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General Augusto Heleno
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O general Augusto Heleno, ministro-chefe do GSI no governo Bolsonaro
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Ex-ministro do GSI, general Augusto Heleno também foi indiciado pela PF
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Perícia
Os advogados de Heleno pediram que o general fosse colocado na prisão domiciliar em decorrência do quadro de Alzheimer, com pedido endossado pelo procurador-geral da República, Paulo Gonet.
Entretanto, segundo Moraes, a contradição ocorre devido à afirmação de Heleno, ao ser preso, de que teria a doença diagnosticada desde 2018, enquanto a própria defesa sustenta que o diagnóstico só veio em janeiro deste ano.
A perícia de Heleno ocorreu no Comando Militar do Planalto (CMP) em 12 de dezembro para avaliar o estado de saúde do general, com anamnese, exame físico e vistoria do local de custódia. Heleno está preso no mesmo lugar — mas em celas diferentes — do ex-ministro da Defesa general Paulo Sérgio Nogueira, também condenado na trama golpista.
