Na decisão que autorizou a prisão preventiva do presidente da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), Rodrigo Bacellar (União Brasil), o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes apontou que a Polícia Federal (PF) constatou fortes indícios de que Bacellar integra uma organização criminosa no RJ.
Além de mandar prender o político, Moraes pediu que ele seja afastado do cargo de presidente da Alerj.
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“Os fatos narrados pela PF são gravíssimos, indicando que Rodrigo Bacellar estaria atuando ativamente pela obstrução de investigações envolvendo facção criminosa e ações contra o crime organizado, inclusive com influência no Poder Executivo estadual, capazes de potencializar o risco de continuidade delitiva e de interferência indevida nas investigações da organização criminosa”, afirmou Moraes.
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Rodrigo Bacellar (União Brasil), presidente da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), é preso pela PF
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Bacellar é acusado de vazar informações de operação contra o CV
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Bacellar é acusado de vazar informações de operação que prendeu o deputado TH Joias
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Bacellar é presidente da Alerj
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A prisão de Bacellar
O presidente da Alerj foi preso nesta quarta (3) suspeito de vazar informações sigilosas da Operação Zargun, a mesma que prendeu TH Joias.
Os mandados — um de prisão preventiva, oito de busca e apreensão e um de intimação para medidas cautelares — foram expedidos pelo ministro Alexandre de Moraes e fazem parte das determinações da ADPF das Favelas (ADPF 635), que atribuiu à PF a responsabilidade de investigar a atuação dos principais grupos criminosos violentos no Rio de Janeiro.
Após elencar as provas recolhidas pela PF na decisão, o ministro declarou que os fatos não apenas confirmam o vazamento de informações sensíveis da Operação Zargun, que culminou na prisão de Thiego Raimundo dos Santos Silva, o TH Joias, em 3 de setembro deste ano, como também demonstram a ativa e deliberada obstrução à justiça e ocultação de provas promovidas por TH e seus associados.
“Tais elementos reforçam a periculosidade da organização criminosa investigada, sua profunda infiltração no poder público fluminense e a absoluta necessidade de aprofundamento das investigações para a interrupção das atividades delitivas e para a escorreita elucidação dos fatos”, declarou o ministro do STF.
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Ao longo das investigações, a polícia constatou que TH ostentava riqueza ilícita nas redes sociais
Reprodução/Alerj
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TH Joias e Rodrigo Bacellar
Reprodução/Instagram
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TH foi preso em 3 de setembro
Reprodução/Redes sociais
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Foto de TH Joias deitado com pilhas de dinheiro foi revelada pela PF
Material cedido ao Metrópoles
