O Tribunal do Júri condenou Kauana Nascimento, 31 anos, por matar a facadas a própria filha, Anna Pilar Cabrera, 7 anos, em agosto de 2024. A sentença foi anunciada pelo juiz Flávio Curvello Martins de Souza, da 1ª Vara Criminal da Comarca de Novo Hamburgo, por volta das 22h30 dessa terça-feira (16/12): 44 anos, 5 meses e 10 dias de prisão, em regime fechado.
De acordo com a denúncia apresentada pelo Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS), Kauana teria cometido o crime para se vingar do ex-companheiro, pai da criança, que estava em um novo relacionamento. O assassinato ocorreu no dia do aniversário do pai da criança.
A mulher, que foi presa dois dias depois do crime, foi condenada pelos crimes de homicídio qualificado por motivo torpe, meio cruel, recurso que dificultou a defesa da vítima, além de crime ter sido cometido contra um menor de 14 anos e ainda um descendente da ré.
O assassinato ocorreu no apartamento onde a mulher morava com a vítima, em Novo Hamburgo (RS). O esfaqueamento foi realizado enquanto a criança dormia. Depois de cometer o crime, Kauana jogou o corpo da filha pela escada.
Aos policiais, ela afirmou que a menina teria morrido na queda, o que foi desmentido pelo laudo pericial. A causa da morte de Anna foi um choque hemorrágico causado pelas facadas.
A defesa de Kauana Nascimento vai recorrer da decisão.
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Como foi o julgamento
O Conselho de Sentença do julgamento de Kauana Nascimento foi composto por sete mulheres, que reconheceram a responsabilidade penal da ré.
Na manhã dessa terça-feira, o pai da vítima prestou depoimento. O homem, que não teve o nome divulgado, descreveu o vínculo afetivo com a filha e esclareceu detalhes sobre a relação com Kauana após o fim do relacionamento, que ocorreu em 2021.
No período da tarde, Kauana prestou depoimento e alegou ter passado por um surto psicótico no momento do crime. A ré detalhou os diversos problemas emocionais que teriam ocasionado o crime e relatou não se lembrar de ter esfaqueado a própria filha.
