Mesmo sendo um dos procedimentos estéticos mais realizados no Brasil, o ácido hialurônico ainda é cercado por mitos, principalmente o medo de resultados artificiais. Segundo o dermatologista Fábio Gontijo, isso acontece porque ainda existe pouca informação clara sobre as diferenças entre os tipos de géis e quando o preenchimento realmente é indicado.
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“O ácido hialurônico ganhou espaço porque é uma substância que já existe no nosso organismo, com risco muito baixo de rejeição”, explica o médico. “Ele causa pouco edema, tem resultados previsíveis e pode ser revertido, o que traz segurança tanto para o médico quanto para o paciente.”
A produção do ácido hialurônico diminui com a idade, levando a sinais de envelhecimento, sendo reposto com cosméticos e procedimentos injetáveis para restaurar a hidratação e o viço
A ideia de “ficar artificial”
Gontijo afirma que o principal temor no consultório continua sendo o resultado artificial. “Vimos muitos exageros na mídia. Mas quando usado com técnica e propósito, o ácido hialurônico harmoniza — não transforma”, diz.
Um dos equívocos mais comuns é o paciente buscar “copiar” o rosto de uma celebridade. “Cada rosto tem sua própria anatomia. O ácido hialurônico valoriza, mas dentro da realidade genética de cada pessoa”, afirma Fábio.
O Ácido Hialurônico é um hidratante poderoso e natural, crucial para a juventude da pele e saúde de tecidos
Nem todo ácido hialurônico é igual
Segundo o especialista, existe uma variedade enorme de géis, mas o público geralmente desconhece essas diferenças.
“Alguns têm durabilidade muito baixa, outros dão mais edema ou têm maior risco de reação tardia. A densidade também muda: os mais fluidos tratam linhas finas; os mais firmes conseguem até simular a consistência do osso”, detalha Gontijo.
A escolha do produto, entretanto, depende da área tratada. “Na bochecha, prefiro um material mais maleável, parecido com a gordura natural. Já em regiões como glúteos ou ombros, usamos géis mais densos, com maior capacidade de sustentação.”
Resultados e durabilidade
De acordo com Gontijo, o preenchimento pode gerar resultados naturais em praticamente todas as áreas do rosto, desde maçãs do rosto e mandíbula até sobrancelhas e lóbulos das orelhas. Mas erros técnicos ou escolhas inadequadas de produto são responsáveis pelos resultados artificiais.
Sobre durabilidade, ele destaca que varia bastante: “A literatura mostra de seis meses a seis anos. Na prática clínica, o mais comum é durar entre um e dois anos.”
Para explicar ao público a diferença entre preencher e hidratar, Gontijo simplifica:
“Estrutura exige géis densos. Hidratação usa produtos bem mais fluidos, que melhoram a qualidade da pele sem mudar volumes”, afirma o profissional.
O ácido hialurônico serve para manter a hidratação das células que ficam nas camadas mais profundas da pele
Segurança: o ponto crítico
Apesar de ser considerado seguro, o procedimento exige experiência. Segundo o expert, o risco mais comum é o edema. Mas em mãos inexperientes podem ocorrer necrose, cegueira e até AVC.
Por isso, ele orienta que o paciente avalie formação, histórico e infraestrutura antes de se submeter ao tratamento — e desconfie de valores muito abaixo do mercado.
Sinais de alerta após a aplicação incluem dor intensa, inchaço exagerado e áreas roxas ou esbranquiçadas. Esses sintomas precisam ser avaliados imediatamente, reforça o dermatologista.
O futuro dos preenchedores
Gontijo acredita que as próximas gerações de produtos serão ainda mais seguras. “A tendência é que sejam cada vez mais parecidos com nossos tecidos, com menos inchaço e mais facilidade de reversão. Segurança e naturalidade devem caminhar juntas.”
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A produção natural começa a diminuir por volta dos 25 anos, junto com a do colágeno, sendo essencial a reposição com cuidados externos
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Injeções (Preenchimento): Procedimento estético para volume facial ou terapêutico em articulações, com resultados mais duradouros
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Pode ser reposto por produtos e tratamentos para combater os efeitos da idade e manter a beleza e funcionalidade do corpo
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Articulações: Lubrifica e amortece, reduzindo dores em casos de artrose, como no joelho.
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Pele: Hidratação intensa, preenchimento de rugas e linhas finas, volume, maciez e aspecto mais jovem
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Cosméticos (Cremes/Séruns): Ideais para hidratação diária, uso contínuo no rosto, pescoço e colo, de dia e à noite, para manter a pele viçosa e com barreira de hidratação
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Cabelos: Repara e protege os fios contra danos térmicos e químicos, promovendo brilho e hidratação
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O AH também ajuda na sustentação e preenchimento dos tecidos
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Ele ainda destaca que os melhores resultados vêm da combinação de técnicas.
“O ácido hialurônico dá estrutura; o laser trata manchas; e os bioestimuladores melhoram a flacidez. O resultado mais bonito geralmente vem desse conjunto, não apenas de um procedimento isolado”, finaliza o médico.
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