De acordo com a Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular (SBACV), o número total de mortes por acidente vascular cerebral (AVC) foi de 85.427 casos no ano passado. Conforme levantamento feito pelo grupo Global Burden of Diseases (GBD), a doença decorrente da interrupção do fluxo sanguíneo para uma área do cérebro é a segunda causa de óbitos em todo o mundo.
Leia também
-
Médica ensina a potencializar benefícios de fruta boa para o coração
-
Cardiologista cita 3 fatores de risco que mais prejudicam as artérias
-
Suspeita ter gordura no fígado? Hepatologista responde o que fazer
-
Cardiologista aponta os 2 piores hábitos que “entopem” as artérias
Em entrevista à coluna Claudia Meireles, o neurocirurgião vascular Victor Hugo Espíndola Ala destaca que fumar tende a aumentar o risco de acidente vascular cerebral. “Quando falo em prevenção de AVC, sempre reforço que o tabagismo é, de longe, o pior hábito de vida que alguém pode manter”, ressalta o especialista.



O AVC é a segunda causa de mortes em todo o mundo
utah778/ Getty Images
Controlar a pressão arterial, manter exames em dia, praticar atividade física e dormir bem reduzem a sobrecarga nos vasos cerebrais e ajudam a prevenir o AVC
peterschreiber.media/Getty Images
Em um acidente vascular cerebral, o fluxo sanguíneo é interrompido para uma área do cérebro
KATERYNA KON/SCIENCE PHOTO LIBRARY/Getty Images
Segundo o médico, o cigarro gera uma inflamação contínua dentro dos vasos e danifica o revestimento interno das artérias
chuchart duangdaw/Getty Images
Expert em aneurisma cerebral, AVC e doenças vasculares no cérebro, o médico explica que o cigarro gera uma inflamação contínua dentro dos vasos sanguíneos. “Danifica o revestimento interno das artérias e faz o sangue ficar mais espesso e propenso a formar coágulos. Isso cria exatamente o cenário que desencadeia o AVC isquêmico”, esclarece.
Segundo Victor Hugo, as toxinas do cigarro aceleram o endurecimento das artérias, processo que deveria acontecer ao longo do tempo, mas “aparece cedo” nos fumantes. “É por isso que até quem fuma pouco já carrega um risco aumentado: o dano vascular não depende apenas da quantidade, e sim da repetição da agressão”, menciona.
O neurocirurgião vascular deixa um aviso: “A boa notícia é que parar de fumar começa a melhorar os vasos sanguíneos quase imediatamente“. O especialista em AVC e aneurisma cerebral prossegue: “Quanto mais cedo a pessoa abandona o cigarro, maior a capacidade do corpo se recuperar.”

Para saber mais, siga o perfil da coluna no Instagram.


