Entre os novos documentos divulgados pela Justiça dos Estados Unidos nesta terça-feira (23/12), no âmbito dos chamados “Arquivos Epstein”, registros de voo analisados por procuradores federais indicam que o presidente Donald Trump utilizou o avião particular de Jeffrey Epstein mais vezes do que se sabia anteriormente.
A informação consta em um e-mail de 8 de janeiro de 2020, assinado por um procurador assistente do Distrito Sul de Nova York, durante o primeiro mandato de Trump.
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Donald Trump utilizou o jato particular de Jeffrey Epstein mais vezes do que se sabia anteriormente.
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Epstein e Michael Jackson
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Epstein esteve à frente de um esquema de exploração, tráfico e abuso sexual de mulheres e menores de idade
Davidoff Studios/Getty Images
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Epstein ao lado de três mulheres
Comitê de Supervisão da Câmara
Oito voos
Segundo o documento, o republicano aparece como passageiro em “pelo menos oito voos entre 1993 e 1996”, incluindo ao menos quatro viagens nas quais também estava presente Ghislaine Maxwell, ex-namorada de Epstein e posteriormente condenada por crimes relacionados ao esquema de abuso e tráfico sexual comandado pelo bilionário.
Em um dos voos registrados em 1993, Trump e Epstein figuram como os únicos passageiros listados.
Em outro, aparecem apenas três nomes: Epstein, Trump e uma mulher descrita como tendo 20 anos à época. O e-mail também aponta que, em ao menos dois outros voos, havia passageiras que “poderiam ser testemunhas” no caso envolvendo Maxwell.
O procurador responsável afirmou ainda que a revisão incluiu mais de 100 páginas de registros e destacou que o objetivo era evitar “qualquer surpresa no futuro”.
Novos documentos
- O Departamento de Justiça afirma que parte do conteúdo entregue ao FBI pouco antes da eleição de 2020 contém alegações “falsas e sensacionalistas” sobre Trump, sem especificar quais.
- Outro ponto revelado é uma intimação de 2021 direcionada ao clube Mar-a-Lago, fundado por Trump em 1995.
- O documento integra a investigação sobre Ghislaine Maxwell e solicita registros de emprego relacionados a uma pessoa cujo nome foi mantido sob sigilo.
- Não há confirmação pública sobre a identidade mencionada.
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Trump, por sua vez, tem buscado se distanciar de Epstein há anos.
O presidente já declarou que não era “fã” do bilionário, a quem chamou de “nojento”, e afirmou que os dois não mantinham contato havia muito tempo antes da morte de Epstein.
O Departamento de Justiça reforça que a simples menção de nomes nos arquivos não comprova envolvimento criminal e que parte dos documentos segue censurada para proteger possíveis vítimas e preservar informações sensíveis.
