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    Núcleo de Silvinei planejou minuta do golpe e mortes de Lula e Moraes

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    O ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF) Silvinei Vasques, preso no Paraguai nesta sexta-feira (26/12) ao tentar fugir do Brasil, integrou o núcleo 2 da denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) na trama golpista.

    Ele e mais 4 aliados teriam sido responsáveis pela elaboração da “minuta do golpe”, pelo monitoramento e pelo plano de assassinato do prsidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), do vice, Geraldo Alckmin (PSB), e do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), além de articulação dentro da PRF para dificultar o voto de eleitores da Região Nordeste nas eleições de 2022.

    Silvinei é acusado de ter rompido a tornozeleira eletrônica e fugido ao Paraguai, onde foi preso no aeroporto Aeroporto Internacional Silvio Pettirossi, em Assunção.

    Ele foi preso por autoridades paraguaias, enquanto tentava embarcar com passaporte falso para o Panamá, com destino final em El Salvador, segundo fontes da diplomacia brasileira. O ex-chefe da PRF teria rompido a tornozeleira eletrônica e fugido ao Paraguai, onde foi preso no aeroporto Aeroporto Internacional Silvio Pettirossi, em Assunção.

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    Participação na trama golpista

    Silvinei Vasques foi condenado pela Primeira Turma do STF, por unanimidade, à pena de 24 anos e 6 meses de prisão – sendo 22 anos de reclusão e 2 anos e seis meses em detenção, além de 120 dias-multa.

    Segundo o Supremo, ele atuou no plano golpista para monitorar autoridades e tentar impedir eleitores de votar nas eleições de 2022, realizando operações da PRF no domingo de eleição, principalmente no Nordeste, com o intuito de beneficiar o então candidato Jair Bolsonaro.

    Veja os condenados do núcleo 2:

    • Mário Fernandes, general da reserva do Exército: 26 anos e 6 meses de prisão;
    • Silvinei Vasques, ex-diretor da Polícia Rodoviária Federal (PRF): 24 anos e 6 meses de prisão;
    • Marcelo Câmara, coronel do Exército e ex-assessor de Bolsonaro: 21 anos de prisão;
    • Filipe Martins, ex-assessor de Assuntos Internacionais do ex- presidente Jair Bolsonaro: 21 anos de prisão; e
    • Marília de Alencar, ex-diretora de Inteligência do Ministério da Justiça: 8 anos e 6 meses de prisão.

    O delegado de carreira da Polícia Federal (PF) e ex-diretor de Operações do Ministério da Justiça Fernando de Sousa Oliveira foi absolvido por falta de provas.