MAIS

    Nunes provoca Alckmin: “Não vai ter coragem” de ser candidato em 2026

    Por

    O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), bateu forte no vice-presidente da República e ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin (PSB) ao ser questionado nesta quinta-feira (04/12) sobre a eleição para governador em 2026, no programa Pânico.

    Nunes, que ascendeu ao posto de prefeito após a morte do ex-prefeito Bruno Covas, que era do PSDB, mesmo partido de Alckmin até recentemente, mencionou pesquisa que testou o nome de Alckmin na disputada ao Palácio dos Bandeirantes.

    Segundo ele, o eleitor desistiria de votar em Alckmin quando informado sobre o posto do ex-governador como vice-presidente hoje de Lula. “Aí despenca”, disse.

    “O Alckmin, sendo candidato (ao governo de SP), e acho que não vai ser, (porque) não deve ter coragem para enfrentar o nosso campo, vai começar aqui com 20 (%) e terminar com 15 (%), cara. Porque as pessoas não aceitam esse nível de mudança (de adversário a vice-presidente de Lula). Eu estou falando do eleitor do estado de São Paulo, e você sabe disso, Emílio. (…) Não vai colar”, afirmou o prefeito com veemência.

    Nunes não fala de qual pesquisa quantitativa ele se referia no programa. Ele próprio não esconde a gana de sentar na cadeira do atual governador Tarcísio de Freitas (Republicanos), que pode tanto tentar se reeleger ou entrar na disputa presidencial, o que, neste caso, abriria um caminho, ainda que hoje nebuloso, para o prefeito de São Paulo tentar ser governador em 2026. Haveria um vice-governador hoje nesse caminho, Felício Ramuth (PSD).

    A pesquisa que foi divulgada nos últimos dias é a do Real Time Big Data. Nela, Nunes aparece empatado (28%) tecnicamente com o ministro Fernando Haddad (PT), com 25%, num cenário sem o deputado federal Guilherme Derrite (PP-SP).

    Já quando Derrite aparece no páreo, Haddad chega a 25% das preferências ao governo estadual, enquanto Nunes empata com o parlamentar, com 18%.

    Quanto a Alckmin, em cenário hipotético sem Nunes, chega a 26%, enquanto Tarcísio, 45%.

    O prefeito de São Paulo e o vice-presidente da República não vivem em harmonia. Na campanha à Prefeitura em 2024, os dois políticos trocaram hostilidades.