A gordura que se acumula na região da barriga não é apenas estética: é metabolicamente ativa e está ligada ao risco aumentado de diabetes, doenças cardiovasculares e inflamações crônicas. Por isso, a ciência tem buscado entender quais hábitos alimentares e estratégias realmente ajudam a controlá-la.
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Vamos entendê-las por meio de nove pontos:
1. Fibras solúveis: um dos nutrientes mais eficazes
Aumentar o consumo de fibras solúveis ajuda a diminuir a gordura visceral ao melhorar a sensibilidade à insulina e promover saciedade.



O bem-estar é fundamental para uma vida plena e satisfatória
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Ele abrange aspectos físicos, mentais e sociais
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Faça substituições inteligentes na dieta para comer mais saudável
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Praticar atividade física é essencial
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Ele permite que as pessoas vivam de forma mais equilibrada, saudável e feliz
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O bem-estar contribui para a prevenção de doenças e melhora a qualidade do sono
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Pessoas com bem-estar emocional tendem a desenvolver relações interpessoais mais satisfatórias
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Uma alimentação saudável, rica em nutrientes e equilibrada, fornece ao corpo os elementos necessários para um funcionamento adequado
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Fontes importantes: aveia, chia, linhaça, feijões, frutas como pera e maçã.
2. Proteínas de qualidade regulam o apetite e o metabolismo
Dietas com proteínas suficientes (especialmente no café da manhã) reduzem compulsão, estabilizam glicemia e ajudam a manter massa magra, essencial para acelerar o metabolismo.
Boas escolhas: ovos, iogurte natural, peixes, frango, tofu e grão-de-bico.
3. Alimentos anti-inflamatórios são aliados do abdômen
Inflamação crônica favorece o acúmulo de gordura abdominal. Por isso, ingredientes ricos em antioxidantes ganham destaque.
Inclua mais: cúrcuma, frutos vermelhos, azeite de oliva, chá verde, tomate, própolis e gengibre.
4. Gorduras boas ajudam a “secar” a barriga — ao contrário do mito
Substituir gorduras saturadas por mono e poli-insaturadas reduz medidas da cintura.

Onde encontrar: abacate, castanhas, sementes, azeite, peixes como salmão e sardinha.
5. Controle da glicemia: o verdadeiro segredo invisível
Picos constantes de açúcar no sangue aumentam o armazenamento de gordura. Pequenas estratégias fazem diferença no dia a dia:
- Comer vegetais antes do carboidrato
- Priorizar grãos integrais
- Evitar bebidas açucaradas
- Incluir 1 colher de sopa de vinagre de maçã antes das refeições
6. Combinações de alimentos mudam a resposta glicêmica
A forma como os alimentos são combinados afeta diretamente o quanto a glicose sobe após uma refeição, e isso impacta o acúmulo de gordura abdominal. Incluir fibras, proteínas ou gorduras boas junto a carboidratos reduz a velocidade de absorção do açúcar.
Exemplos efetivos:
- Frutas combinadas com castanhas ou iogurte;
- Pão integral com ovo ou pasta de amendoim;
- Arroz e feijão, dupla clássica que diminui o impacto glicêmico;
- Salada antes do prato principal para “blindar” a glicemia.

7. Café, chá verde e termogênicos naturais têm efeito moderado, mas real
Cafeína e catequinas podem aumentar levemente o gasto energético e auxiliar na mobilização de gordura, quando aliados a uma rotina saudável.
Inclua com moderação: café coado, chá verde, matcha e pimenta vermelha.
8. Sono e estresse: a dupla que sabota a barriga
Dormir pouco aumenta o cortisol, hormônio relacionado ao acúmulo de gordura abdominal. Técnicas de higiene do sono, rotina noturna leve e prática de atividade física moderada ajudam a regular o eixo do estresse.
9. O que a ciência diz sobre exercícios
A combinação mais eficaz para reduzir a gordura abdominal é união de exercícios aeróbicos e musculação. Mas a alimentação segue sendo o principal fator determinante.
De fato, não existe um alimento milagroso. A redução da gordura abdominal depende de uma soma de fatores. Alimentos certos, equilíbrio de macronutrientes, inflamação controlada, sono regulado e manejo do estresse formam o caminho mais sólido para resultados reais.
Se o objetivo é diminuir a barriga, o foco deve ser menos em “proibições” e mais em construir uma rotina que favoreça a saúde como um todo. O corpo responde ao conjunto, e não a um único alimento.
(*) Juliana Andrade é nutricionista formada pela UnB e pós-graduada em Nutrição Clínica Funcional. Escreve sobre alimentação, saúde e estilo de vida




