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    O pedido de Lula a Celso Amorim em meio à tensão na Venezuela

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    O presidente Lula pediu ao assessor especial Celso Amorim que evitasse deslocamentos longos neste período de fim de ano. A orientação, segundo relatos de auxiliares, decorre da avaliação de que a escalada de tensão entre Venezuela e Estados Unidos pode, em um cenário extremo, evoluir para uma ação militar em terra.

    “Precisamos estar preparados para caso o pior aconteça”, disse o presidente, de acordo com relatos. No Itamaraty e no Palácio do Planalto, equipes do alto escalão atuarão em regime de revezamento durante o período festivo, enquanto assessores diretos do presidente permanecerão de prontidão.

    O pedido de Lula a Celso Amorim em meio à tensão na Venezuela - destaque galeria3 imagensMauro Vieira, ministro das Relações ExterioresSecretário de Estado dos EUA, Marco RúbioFechar modal.MetrópolesMarco Rubio e Mauro Vieira em Washington 1 de 3

    Marco Rubio e Mauro Vieira em Washington

    Divulgação/Redes Sociais Mauro Vieira, ministro das Relações Exteriores2 de 3

    Mauro Vieira, ministro das Relações Exteriores

    Hugo Barreto/MetrópolesSecretário de Estado dos EUA, Marco Rúbio3 de 3

    Secretário de Estado dos EUA, Marco Rúbio

    Kevin Dietsch/Getty Images

    Em tratativas com o secretário de Estado dos Estados Unidos, Marco Rubio, na última semana, o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, tentou recolocar a Venezuela no centro das conversas e reforçou o pleito para que o Brasil atue como intermediador. A administração Trump, no entanto, mostrou-se reticente.

    A preocupação do Planalto se intensificou após o aumento de exercícios militares na região e de declarações públicas mais duras por parte de autoridades norte-americanas em relação ao regime de Nicolás Maduro. No diagnóstico do governo brasileiro, qualquer movimento mais agressivo teria impacto direto sobre a estabilidade regional e poderia gerar efeitos colaterais imediatos na fronteira norte do Brasil.

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    Historicamente, o governo brasileiro tem buscado se posicionar como ator moderador em crises sul-americanas, apostando no diálogo diplomático e na preservação de canais institucionais.