A Operação Disneylândia contra a facção Primeiro Comando da Capital (PCC), deflagrada nessa terça-feira (16/12), resultou em seis prisões e cinco mortes. Os casos ocorreram nas cidades de Bauru, Tupã e Garça, todas no interior paulista.
O trabalho foi feito pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO) do Ministério Público do Estado de São Paulo (MPSP), com o apoio da Polícia Militar (PM)
Em notas oficiais, a Secretaria da Segurança Pública (SSP) e o MPSP afirmam que operação visou ao cumprimento de mais de 40 mandados de busca e apreensão e quatro mandados de prisão temporária.
Os órgãos informaram que sete pessoas foram presas em flagrante e, aproximadamente, duas mil porções de cocaína, 120 tijolos de maconha, sete armas de fogo e munições foram apreendidos. As notas não mencionam as mortes.
De acordo com os boletins de ocorrência que registraram as mortes decorrentes de intervenção policial, todas os óbitos foram provocados pela PM antes da chegada do Gaeco. Além disso, nenhum dos agentes usava câmeras corporais, segundo a corporação.
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A dinâmica das 5 mortes
Em Bauru, a Operação Disneylândia mirou em um endereço no bairro Quinta Bela Olinda à procura de Alex Marcondes do Carmo, de 31 anos, contra quem havia um mandado de prisão temporária expedido.
O BO não destaca a dinâmica da ação, mas informa que Alex e a companheira dele, Priscila Evelin dos Santos Barbosa, de 37 anos, foram “neutralizados” por policiais militares da Força Tática. Com cada um foi apreendido uma pistola com carregador, além de cartuchos de munição.
Em Tupã, os policiais se dirigiram a um endereço no Jardim Itaipu à procura de Marco Alexandre Ferreira Macedo, foragido da Justiça. Ao chegarem ao endereço informado no mandado, os agentes encontraram familiares do suspeito, inclusive crianças, em um quarto.
Em outro quarto, encontraram a esposa de Marco saindo do cômodo e indo em direção às crianças. O suspeito saía da cama quando os agentes chegaram. Em determinado momento, ele apontou uma arma em direção aos policiais, que revidaram atirando, segundo o BO.
No quarto, os policiais encontraram uma pistola calibre 9 e outra calibre 38. Junto às armas, celulares, documentos, cartões, joias e outros objetos também foram apreendidos.
Em Garça, os policiais foram até um imóvel no bairro Jardim Paulista à procura de Paulo Adriano de Freitas, alvo de um mandado de prisão temporária. Durante a entrada na residência, o suspeito, segundo o BO, atirou contra a equipe, atingindo o escudo balístico de um dos agentes.
Ainda de acordo com o registro policial, o irmão de Adriano, Márcio Alef Freitas, também passou a atirar contra os agentes, atingindo paredes e um armário do interior da casa. Diante dos disparos, os policiais atiraram contra a dupla, que morreu no local.
O BO destaca que “não foram constatadas lesões nos policiais militares, tampouco danos nas viaturas empregadas”. “Ressalte-se que os policiais não estavam portando sistema COP (câmeras operacionais portáteis) no momento da ação e a residência não possui sistema de videomonitoramento”, acrescenta o registro.
Segundo a polícia, os irmãos usavam armas com numeração suprimida. Os objetos foram apreendidos e devem passar por perícia.
Os BOs não mencionam a existência de mandados expedidos em desfavor de Priscila, em Bauru, e Márcio, em Garça.
De acordo com o MPSP, duas prisões foram efetuadas em outras cidades, como Vera Cruz e Águas de Santa Bárbara. Os agentes apreenderam maconha e cocaína nos municípios.
