A ativista Maria de Lourdes Guarda foi reconhecida como venerável pelo Papa Leão XIV durante uma audiência concedida no dia 21 de novembro ao cardeal Marcello Semeraro, prefeito do Dicastério para as Causas dos Santos.
Maria de Lourdes, de Salto, no interior de São Paulo, viveu quase 50 anos acamada e dedicou sua vida à defesa de pessoas com deficiências.
Nascida em 1926, Maria de Lourdes enfrentou, desde a juventude, uma séria lesão na coluna que, aos 21 anos, a deixou paralisada da cintura para baixo. Ao longo dos 48 anos que viveu entre hospitais e a própria casa, ela transformou sua doença em uma missão.
Reprodução/ Vatican News
Reprodução/ Vatican News
Em contato com as Irmãs Apóstolas do Sagrado Coração de Jesus, a ativista transformou seu quarto de hospital em um ponto de referência para encontros, partilhas e orientações espirituais. Mesmo sofrendo com doenças renais e uma grave gangrena que levou à amputação de uma perna, jamais deixou de acolher quem a procurava.
Leia também
-
Com título de venerável, padre do interior de SP pode virar beato
-
Em Beirute, papa Leão XIV pede fim da violência e faz apelo por paz
-
Papa Leão XIV afirma que Estado palestino é única solução para a paz
-
Papa Leão XIV visita a Mesquita Azul na Turquia, mas opta por ficar em silêncio
Durante 10 anos, ela coordenou nacionalmente a Fraternidade das Pessoas com Deficiência, empenhando-se pela inclusão social, pelo reconhecimento dos direitos das pessoas com deficiência e pela formação de agentes pastorais.
Maria de Lourdes Guarda faleceu em 5 de maio de 1996, vítima de um câncer na bexiga.
