Um levantamento do Instituto Paraná Pesquisas divulgado nesta terça-feira (30/12) indica que parte expressiva do eleitorado brasileiro demonstra preferência por um candidato a vice-presidente com perfil técnico e, em especial, por uma mulher na composição da chapa. A pesquisa avaliou características consideradas importantes pelos eleitores e qual perfil seria mais adequado para ocupar o cargo.
No bloco que trata das características pessoais e políticas do vice, 24,4% dos entrevistados disseram preferir que o candidato seja uma mulher, para trazer um olhar feminino ao governo. Em seguida, 22,3% apontaram como prioridade que o vice represente o setor produtivo ou o agronegócio, com foco na economia.
Outros fatores também foram citados. Para 13,2% dos participantes, o mais importante é que o vice seja um político experiente do Nordeste, como forma de ampliar a representação regional. Já 12,2% preferem alguém de total confiança ou da própria família do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Um perfil ligado à religião e à defesa de pautas de costumes foi apontado por 9,9% dos entrevistados. Entre os ouvidos, 9,1% disseram ser indiferentes em relação ao perfil do vice e 8,8% não souberam ou não opinaram.
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Perfil mais adequado para um candidato a vice-presidente
O instituto também perguntou aos eleitores qual seria o perfil mais adequado para um vice-presidente em termos de atuação e estratégia eleitoral.
A maioria, 43,2%, respondeu que prefere alguém que priorize a economia e tenha formação técnica ou empresarial, sem forte ligação com disputas ideológicas.
Outros 19,1% disseram considerar mais adequado um político moderado, de centro, capaz de atrair eleitores que não se identificam com a direita, mesmo com eventual descontentamento de parte da base bolsonarista.
Para 12,8%, porém, o perfil ideal é o de um conservador alinhado fielmente ao ex-presidente Jair Bolsonaro, ainda que isso possa afastar eleitores de centro. Ao todo, 25% não souberam ou não opinaram sobre essa questão.
A pesquisa foi realizada entre os dias 18 a 22 de dezembro deste ano e ouviu 2.038 eleitores com 16 anos ou mais em 26 estados e Distrito Federal. O nível de confiança divulgado é de 95%, e a margem de erro estimada é de 2,2 pontos percentuais.