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    Participação de Toffoli em acareação do Banco Master ainda é dúvida

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    O ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), não explicou se participará pessoalmente ou não da acareação entre o ex-banqueiro Daniel Vorcaro, do Banco Master, e o diretor de fiscalização do Banco Central, Ailton de Aquino Santos.

    Até o momento, as únicas informações confirmadas por Toffoli sobre a acareação são as de que o encontro ocorrerá na próxima terça-feira (30/12), às 14 horas, por videoconferência. Não há mais detalhes sobre a audiência.

    Caso decida não participar do encontro, Toffoli deve indicar um juiz instrutor de seu gabinete para comandar a audiência.

    Além de Vorcaro e de Aquino, também participará do encontro o ex-presidente do BRB, Paulo Henrique Costa.

    O objetivo de Toffoli é confrontar as versões dos três sobre a tentativa frustrada de venda do Banco Master para o BRB. O banco estatal de Brasília chegou a concordar com a compra, mas o negócio foi suspenso pelo Bacen em setembro deste ano.

    Segundo o diretor da Polícia Federal (PF), Andrei Rodrigues, a possível fraude no caso do Banco Master pode chegar a até R$ 12 bilhões.

    Na noite desta quarta-feira (24), o procurador-geral da República, Paulo Gonet, pediu a Dias Toffoli que suspendesse a acareação. Segundo ele, o procedimento seria prematuro neste momento. Toffoli, no entanto, negou o pedido.

    Para Gonet, a acareação só deveria acontecer depois de os investigados prestarem depoimentos formais no processo, caso o julgador entenda que existem contradições entre as versões apresentadas.

    Toffoli também foi criticado por juristas que veem a acareação como uma possível forma de intimidação do Banco Central. Como regulador do mercado financeiro brasileiro, o Bacen supervisionava o funcionamento do Banco Master. Em novembro deste ano, a autoridade monetária determinou a liquidação extrajudicial do banco.