Algumas fantasias e certos fetiches excêntricos estão sendo realizados com mais frequência com uso de robôs de IA do que por parceiros “humanos”, segundo analisou estudo recente. De acordo com um dos pesquisadores, o psicólogo e terapeuta sexual americano Michael Salas, a chave está porque “a IA não resiste, não desafia e não exige presença emocional”.
Leia também
-
Influencer revela fetiche em Papai Noel e viraliza nas redes sociais
-
Breeding kink: como explorar o fetiche por “reprodução”
-
Saiba mais sobre o fetiche em ser corno, como namorado de Luiza Ambiel
Segundo o relatório, que analisou mais de 20 estudos, foi observado que robôs, ao contrário das pessoas, podem acolher alguns dos desejos mais lascivos e libidinosos de seus parceiros humanos sem hesitação ou desconforto.
5 imagens


Fechar modal.![]()
1 de 5
O fetiche acontece quando uma pessoa se sente atraída e excitada por algo bem específico
Getty Images
2 de 5
A fantasia, por sua vez, é algo mais voltado a um desejo ou imaginação que você pode ou não querer colocar em prática
Getty Images
3 de 5
Elas servem como um meio de explorar desejos e estimular a excitação sexual, sem necessariamente serem essenciais para a satisfação sexual
Getty Images
4 de 5
o fetiche sexual é caracterizado pela obtenção de excitação e prazer por meio de um objeto específico, parte do corpo ou situação particular
Getty Images
5 de 5
Para que um comportamento seja considerado fetichista, a presença do objeto ou contexto fetichizado é frequentemente necessária para que a pessoa alcance satisfação sexual
Getty Images
“Sem o atrito baseado na vergonha, as pessoas se aventuram em uma exploração sexual mais intensa ou inovadora [com IA] muito mais rapidamente do que fariam com um parceiro”, escreveu Salas, um dos principais analistas da revisão. “Os modelos generativos aprendem as preferências instantaneamente e as amplificam. Isso cria um ciclo de feedback em que a fantasia se expande mais rápido do que a capacidade do usuário de regular ou contextualizar a experiência.”
Os investigadores observaram que os bots românticos são programados para “atender e satisfazer quaisquer necessidades e preferências — desde atuar como confidente até participar de jogos eróticos.”
“A IA pode gerar inúmeros cenários, identidades ou fantasias sem necessidade de processamento emocional. Isso elimina os limites psicológicos naturais que normalmente regulam a exploração sexual”, explicou o pesquisador ao site The New York Post.
5 imagens


Fechar modal.![]()
1 de 5
O sexo é um dos pilares para uma vida saudável, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS)
Getty Images
2 de 5
Uma vida sexual ativa e saudável tem impacto direto no bem-estar
Getty Images
3 de 5
O prazer e o orgasmo liberam hormônios responsáveis pela diminuição do estresse e pela melhora do sono
Getty Images
4 de 5
É possível manter a sexualidade ativa e saudável até a terceira idade
Getty Images
5 de 5
No sexo, tudo é liberado desde que com total consentimento de todos os envolvidos e segurança
Getty Images
O crescente interesse por parceiros virtuais — que impulsionou um aumento nas vendas de aplicativos de companhia com inteligência artificial — preparou o terreno para o surgimento dos “sexo a três digitais“, que devem ser uma das tendências sexuais mais populares de 2026.
Apesar disso, Salas demonstrou preocupação com o fácil acesso às IAs. “Quando a expressão sexual se desvincula da conexão real, fica mais difícil para as pessoas retomarem relacionamentos que envolvam vulnerabilidade e reparação”, disse ele. “O risco não é que a IA substitua os parceiros humanos. É que algumas pessoas deixam de buscar as partes da intimidade que as ajudam a crescer.”
