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    PF apreende R$ 90 mil em espécie no carro oficial de Rodrigo Bacellar

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    A Polícia Federal (PF) apreendeu R$ 90 mil em espécie ao cumprir mandado de busca e apreensão no veículo oficial usado por Rodrigo Bacellar (União Brasil), presidente da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), preso preventivamente nesta quarta-feira (3/12).

    As diligências se deram no âmbito da Operação Unha e Carne. Três celulares também foram apreendidos e serão submetidos à perícia. Bacellar foi detido por suspeita de ter vazado informações sigilosas da Operação Zargun, que resultou na prisão do deputado estadual TH Joias (sem partido) em 3 de setembro.

    PF apreende R$ 90 mil em espécie no carro oficial de Rodrigo Bacellar - destaque galeria7 imagensPF apreende R$ 90 mil em espécie no carro oficial de Rodrigo Bacellar - imagem 2Rodrigo Bacellar (União Brasil), presidente da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), é preso pela PF PF apreende R$ 90 mil em espécie no carro oficial de Rodrigo Bacellar - imagem 4Rodrigo Bacellar é presidente da AlerjBacellar é acusado de vazar informações de operação que prendeu o deputado TH JoiasFechar modal.MetrópolesPF apreende R$ 90 mil em espécie no carro oficial de Rodrigo Bacellar - imagem 11 de 7

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    Rodrigo Bacellar (União Brasil), presidente da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), é preso pela PF

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    Rodrigo Bacellar é presidente da Alerj

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    Bacellar é acusado de vazar informações de operação que prendeu o deputado TH Joias

    DivulgaçãoBacellar é presidente da Alerj7 de 7

    Bacellar é presidente da Alerj

    Divulgação Alerj

    À época, segundo a PF, o presidente da Alerj teria orientado, às vésperas da operação Zargun, que o então deputado TH Joias destruísse provas e fugisse. Bacellar foi preso, nesta quarta, após determinação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

    Conforme a investigação da PF, há “fundados indícios do vazamento de informações sigilosas que frustraram o cumprimento de operação que tinha como alvo a cúpula do Comando Vermelho (CV) e suas conexões com agentes públicos”.

    Os mandados — um de prisão preventiva, oito de busca e apreensão e um de intimação para medidas cautelares — fazem parte das determinações da Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental das Favelas (ADPF 635), que atribuiu à PF a responsabilidade de investigar a atuação dos principais grupos criminosos violentos no Rio de Janeiro.

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    Prisão e apreensão do dinheiro

    A prisão de Bacellar ocorreu após ele ser convidado para um reunião na manhã desta quarta com o superintendente da PF no Rio, Fábio Galvão. A voz de prisão foi dada no local.

    O celular dele foi recolhido pelos agentes e o veículo oficial utilizado no deslocamento foi vistoriado, momento em que a PF encontrou os R$ 90 mil em espécie.

    Ao decretar a prisão do presidente da Alerj, o ministro Alexandre de Moraes determinou, também, o afastamento de Bacellar do cargo na Assembleia.

    Tráfico de armas

    A Operação Zargun, deflagrada em setembro e que resultou na prisão de TH Joias, desarticulou um esquema de tráfico internacional de armas e drogas, corrupção de agentes públicos e lavagem de dinheiro, apontado como diretamente ligado às lideranças do CV no Complexo do Alemão, conforme publicou o Metrópoles, na coluna Mirelle Pinheiro.

    Foram cumpridos 18 mandados de prisão e 22 de busca, além do sequestro de R$ 40 milhões em bens. A operação teve como alvo um delegado da PF, policiais militares, um ex-secretário estadual e o deputado estadual Thiego Raimundo dos Santos Silva, o TH Joias, considerado o articulador político da facção dentro da Alerj.

    Compra de fuzis

    Segundo as investigações, TH Joias atuava para favorecer o CV, intermediando a compra de fuzis, drogas e equipamentos antidrones. Ele também indicou a esposa de um traficante para um cargo parlamentar.

    Veja outros investigados:

    • Gabriel Dias de Oliveira, o Índio do Lixão, tesoureiro do CV, responsável por movimentar R$ 120 milhões em cinco anos;
    • Luciano Martiniano da Silva, o Pezão, liderança da facção;
    • Alessandro Pitombeira Carracena, ex-subsecretário estadual, suspeito de interferir em ações policiais a pedido de criminosos;
    • Policiais militares e um delegado federal investigados por fornecer proteção e informações privilegiadas ao grupo.