A Polícia Federal (PF) cumpriu, nesta terça-feira (2/12), dois mandados de busca e apreensão na Operação Intolerans, deflagrada para identificar os responsáveis por ataques cibernéticos do tipo negação de serviço (DDoS) contra parlamentares federais.
Os alvos são suspeitos de integrar uma articulação digital que mirou deputados que declararam apoio ao Projeto de Lei nº 1904/2024, conhecido como PL Antiaborto. Os parlamentares são: Eduardo Bolsonaro (PL-DF), Bia Kicis (PL-DF), Alexandre Ramagem (PL-RJ) e Delegado Paulo Bilynskyj (PL-SP).
Leia também
-
Megaoperação: fuzil do CV foi usado em morte encomendada por bicheiros
-
Traficante do CV que mandava drogas a servidor público no MT é preso
-
Operação prende grupo do CV que vendia gás a R$ 300 no Rio
Segundo a PF, diversos sites institucionais de parlamentares sofreram instabilidade e ficaram fora do ar em razão de ataques coordenados. O objetivo era sobrecarregar os sistemas para impedir o funcionamento das páginas, interferindo na comunicação oficial e afetando a atuação legislativa.
As ordens judiciais foram cumpridas em São Paulo (SP) e Curitiba (PR). A ação contou com apoio de autoridades estrangeiras, por meio de cooperação jurídica internacional, para rastrear equipamentos e endereços de IP que teriam sido utilizados nos ataques.
Os investigadores afirmam que a ação foi articulada como forma de represália às manifestações públicas dos deputados favoráveis ao projeto, que endurece regras relacionadas ao aborto.
O caso é investigado como crime cibernético e pode envolver uso de ferramentas automatizadas, redes de bots e servidores estrangeiros.
