A Polícia Federal (PF) prendeu, na manhã desta quarta-feira (10/12), dois integrantes da quadrilha que participou do roubo cinematográfico à aeronave pagadora no Aeroporto Regional de Caxias do Sul (RS), em junho de 2024.
As capturas ocorreram em São Paulo, com apoio das equipes especializadas da PM paulista, o Gate, Coe e Canil. Os criminosos têm ligação com o Primeiro Comando da Capital (PCC).
Segundo a PF, os detidos atuaram no transporte de integrantes da quadrilha e de parte do material logístico utilizado para o ataque.
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Eles levaram comparsas e equipamentos de São Paulo ao Rio Grande do Sul na véspera do crime.
Após os trâmites de praxe, os presos foram encaminhados ao sistema penitenciário, onde permanecem à disposição da Justiça.
Como foi o assalto
O crime, considerado um dos mais ousados já registrados no Rio Grande do Sul, foi executado por nove criminosos fortemente armados.
A quadrilha invadiu a área restrita do aeroporto usando três veículos blindados, dois deles fantasiados como viaturas da Polícia Federal, para simular uma operação oficial.
Os bandidos interceptaram uma aeronave que trazia mais de R$ 14 milhões de Curitiba (PR) para Caxias do Sul.
A ação gerou tiroteio com forças de segurança, durante o confronto, o sargento da Brigada Militar Fabiano Oliveira foi baleado e morreu.
A operação policial subsequente recebeu o nome Operação Elísios, em homenagem ao militar.
O avanço da investigação
Com as prisões desta quarta, já são 38 presos e 42 indiciados. A PF aponta que o grupo é altamente estruturado, com ramificações interestaduais, logística profissional e divisão de tarefas para execução do assalto.
A investigação continua para capturar os remanescentes, identificar o destino dos valores e rastrear a rede financeira que deu suporte ao crime.
