A Procuradoria-Geral da República (PGR) foi favorável à operação deflagrada pela Polícia Federal (PF) contra a ex-assessora do deputado Arthur Lira (PP-AL) Mariângela Fialek. A ação foi autorizada pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
Mariângela Fialek, conhecida como Tuca, atualmente está lotada na Liderança do Partido Progressista na Câmara dos Deputados. O celular dela foi apreendido pelos agentes.
Em parecer, o procurador-geral da República, Paulo Gonet, concordou com a deflagração da operação. Ao ser consultado, o órgão indicou haver elementos suficientes de investigação que justificariam as buscas e apreensões.
“A representação está encorpada com significativos elementos, materializados em diversos depoimentos e análises policiais, sugestivos da atuação ilícita da requerida Mariângela Fialek, que desponta exercer o controle de indicações desviadas de emendas decorrentes do orçamento secreto em benefício de uma provável organização criminosa voltada à prática de desvios funcionais e crimes contra a administração pública e o sistema financeiro nacional”, escreveu o PGR, em trecho da decisão disponibilizada pelo ministro Flávio Dino, relator do caso.
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Gonet, ainda na manifestação, citou que os depoimentos de outros deputados, como Glauber Braga (PSol-RJ), José Rocha (União-BA), Adriana Ventura (Novo-SP), Fernando Marangoni (União-SP) e Dr. Francisco (PT-PI), além do senador Cleitinho (Republicanos-MG), demonstravam a necessidade da operação.
“O histórico de cargos estratégicos e os achados dos dados telemáticos confirmam as hipóteses levantadas, especialmente em decorrência das fortes evidências ancoradas nas citadas planilhas/tabelas armazenadas em nuvem, igualmente comprobatórias do papel crucial da investigada na alocação de emendas e distribuição de recursos”, cita trecho.
Os deputados foram ouvidos pelo federais que investigam a liberação e o desvio de emendas parlamentares, no âmbito do Orçamento Secreto, em montante total de R$ 4,2 bilhões.
Operação
Estão sendo apurados os crimes de peculato, falsidade ideológica, uso de documento falso e corrupção.
Batizada de Transparência, a ação policial tem como objetivo apurar irregularidades na destinação de recursos públicos por meio de emendas parlamentares. Lira não é alvo da operação, que cumpriu mandados na Câmara dos Deputados.
