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    Pipoca no culto e área VIP viram briga milionária entre pastores

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    A disputa entre lideranças da Igreja da Lagoinha explodiu em um conflito milionário entre o líder da denominação, André Valadão, e o pastor André Fernandes.

    Fernandes comandava a unidade da Lagoinha em Alphaville, região nobre de São Paulo. Ele é acusado de levar uma vida luxuosa às custas da Igreja e deixar uma dívida milionária — o Metrópoles levantou que a Lagoinha deve pelo menos R$ 1,3 milhão em serviços prestados.

    À frente do púlpito por sete anos, Fernandes popularizou o espaço frequentado por subcelebridades com a adoção da chamada “área VIP”, que separava fiéis famosos dos demais. Entre os frequentadores estavam os ex-BBBs Eliezer e Viih Tube, além dos influenciadores Maíra Cardi e Thiago Nigro, todos com milhões de seguidores nas redes sociais.

    Segundo a Lagoinha, o pastor vendia o acesso à área VIP. Fiéis comuns poderiam entrar no local desde que fizessem um curso oferecido por sua empresa. O pastor também lucrava com a venda de kits de batismo, que chegavam a R$ 80.

    O rompimento com a Lagoinha começou após Fernandes comprar um helicóptero de R$ 4,5 milhões em nome da igreja. A aeronave não foi paga, e a dívida é questionada na Justiça.

    O pastor ganharia até mesmo com a venda de pipoca na entrada da igreja. Dinheiro, que segundo a família Valadão, iria para uma empresa de Fernandes.

    Em setembro deste ano, André Valadão interveio na filial de Alphaville. A área VIP foi desativada, assim como a venda de pipoca.

    Em resposta, André Fernandes rompeu de vez com a família Valadão e anunciou a inauguração do “Celeiro São Paulo”, sede da sua própria igreja em Santo Amaro.

    A coluna procurou a assessoria dos pastores e aguarda retorno.