MAIS

    Planalto deu aval para parecer de Messias contra decisão de Gilmar

    Por

    O Palácio do Planalto deu aval para o parecer no qual o titular da Advocacia-Geral da União (AGU), Jorge Messias, questionou a decisão de Gilmar Mendes que dificulta pedidos de impeachment contra ministros do STF.

    Indicado por Lula a uma vaga na Corte, Messias consultou membros do Planalto antes de enviar a manifestação, segundo apurou a coluna. Na peça, a AGU pediu que Gilmar reconsiderasse sua decisão — pedido que o ministro já rejeitou.

    Planalto deu aval para parecer de Messias contra decisão de Gilmar - destaque galeria4 imagensO advogado-geral da União, Jorge Messias, faz peregrinação em gabinetes no Senado para garantir aprovação para cadeira no STFJorge Messias foi indicado por Lula para vaga no STFO AGU, Jorge MessiasFechar modal.MetrópolesO AGU, Jorge Messias1 de 4

    O AGU, Jorge Messias

    BRENO ESAKI/METRÓPOLES @BrenoEsakifotoO advogado-geral da União, Jorge Messias, faz peregrinação em gabinetes no Senado para garantir aprovação para cadeira no STF2 de 4

    O advogado-geral da União, Jorge Messias, faz peregrinação em gabinetes no Senado para garantir aprovação para cadeira no STF

    BRENO ESAKI/METRÓPOLES @BrenoEsakifotoJorge Messias foi indicado por Lula para vaga no STF3 de 4

    Jorge Messias foi indicado por Lula para vaga no STF

    BRENO ESAKI/METRÓPOLES @BrenoEsakifotoO AGU, Jorge Messias4 de 4

    O AGU, Jorge Messias

    BRENO ESAKI/METRÓPOLES @BrenoEsakifoto

    O próprio presidente Lula, de acordo com fontes do Planalto, indicou discordar da decisão de Gilmar. O petista avalia ser inconcebível que ministros do STF tenham mais privilégios até mesmo que o presidente da República.

    O parecer foi enviado na quarta-feira (3/12), horas após Gilmar emitir sua decisão. O ministro do Supremo havia pedido a manifestação da AGU desde setembro, mas a pasta não enviou antes para não prejudicar a indicação de Messias.

    A coluna apurou que Gilmar chegou a ligar para o ministro da AGU antes da decisão, cobrando o parecer. Messias, segundo relatos, teria dito que a pasta só se manifestaria quando o tema fosse pautado para julgamento em plenário.

    Incomodado, Gilmar fez questão de registrar em sua decisão a ausência de parecer da AGU. “O ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO (sic) também não apresenta a sua manifestação”, escreveu o decano do STF na 7ª página de seu despacho.

    Leia também

    Com a decisão de Gilmar, Messias foi obrigado a se pronunciar, sob o risco de sua omissão ser usada contra ele no Senado. O parecer serviu como o aceno aos senadores. Por outro lado, irritou os futuros colegas de trabalho de Messias.