A Polícia Civil de São Paulo prendeu temporariamente nesta quinta-feira (18/12) o segundo suspeito de envolvimento no roubo à Biblioteca Mário de Andrade, na região central da capital paulista. Outro envolvido está preso desde o dia 8 de dezembro.
Espaço roubado na Biblbioteca Mário de Andrade
Obras de Matisse na biblioteca Mário de Andrade antes do roubo
Divulgação/MAM
Polícia prende suspeito de envolvimento em roubo à Biblioteca Mário de Andrade
Édson Lopes Jr/Secom
Biblioteca Mario de Andrade
Reprodução / Facebook
Segundo a Secretaria de Segurança Pública (SSP), as investigações seguem em andamento com o objetivo de localizar e prender um terceiro suspeito, já identificado, e recuperar as obras roubadas.
A prisão desta quinta-feira foi realizada pela 1ª Central Especializada de Repressão a Crimes e Ocorrências Diversas (Cerco). A identidade do suspeito e o envolvimento dele no crime não foram divulgadas.
Roubo à biblioteca
Dois homens armados invadiram a Biblioteca Mário de Andrade e fugiram com 13 obras dos artistas Henri Matisse e Candido Portinari no dia 7 de dezembro.
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O acervo pertencia à exposição Do Livro ao Museu: MAM São Paulo e a Biblioteca Mário de Andrade, realizada em parceria com o Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM).
Henri Matisse foi um pintor francês do início do século 20, figura central do fauvismo, movimento marcado pelo uso ousado de cores vivas e pinceladas livres. Portinari é um dos maiores artistas do modernismo brasileiro.
Segundo a Polícia Militar, eles renderam os seguranças e fugiram em direção à estação Anhangabaú do Metrô. Não houve registro de feridos.
Um dia após o crime, as autoridades prenderam Felipe dos Santos Fernandes Quadra, de 31 anos. Ele segue a disposição da Justiça.
Em nota ao Metrópoles, a defesa do homem afirmou que as investigações apontaram que o acusado teve “atuação de menor importância, não havendo qualquer indício de que tenha atuado seja como idealizador, executor principal ou sequer beneficiário direto do suposto delito”.
A defesa acrescentou que Felipe “não representa qualquer perigo à sociedade, não possui histórico de condutas violentas e dessa forma, não pode ser tratado como alguém perigoso”. Por fim, diz o texto, ele “exerce atividade laboral lícita e regulamentada, com comprovado registro em carteira”.
Os advogados do acusado também manifestaram disposição em colaborar com as autoridades e disseram que, “respeitando o devido processo legal, restará comprovada a ausência de envolvimento relevante do investigado e a verdade dos fatos prevalecerá”.
