Aliados de Flávio Bolsonaro (PL-RJ), escolhido por Jair Bolsonaro como candidato ao Planalto em 2026, avaliam que o ex-presidente foi precavido ao divulgar uma carta apoiando o filho antes da cirurgia realizada na quinta-feira (25/12).
Segundo interlocutores de Flávio, Bolsonaro decidiu publicar a carta na qual confirma apoio ao senador como pré-candidato à Presidência da República em 2026 ao considerar os riscos do procedimento cirúrgico.
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Atualmente, Bolsonaro está preso em Brasília
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O ex-presidente Jair Bolsonaro
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O ex-presidente Jair Bolsonaro
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Apesar de a correção de hérnia inguinal bilateral ser considerada de baixo risco, o ex-presidente, avaliam aliados do senador, temeu que ocorresse o pior e que não tivesse a oportunidade de dar a bênção a Flávio.
Como mostrou a coluna, a desistência de Bolsonaro de conceder uma entrevista ao Metrópoles na terça-feira (23/12) levou o mercado financeiro a avaliar uma possível hesitação em confirmar o apoio ao “01” da família.
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Na carta, divulgada na manhã de Natal, Bolsonaro afirma que tomou a decisão de apoiar Flávio de forma “consciente, legítima e amparada no desejo de preservar a representatividade daqueles que confiaram” nele.
“Entrego o que há de mais importante na vida de um pai: o próprio filho, para manter viva a chama do nosso Brasil. Tenho fé em uma decisão consciente, legítima e amparada no desejo de preservar a representatividade daqueles que confiaram em mim”, escreveu o ex-presidente Jair Bolsonaro.
Cirurgia de Bolsonaro
A cirurgia ocorreu sem intercorrências, segundo o médico Cláudio Birolini, responsável pelo atendimento ao ex-presidente. O procedimento começou por volta das 9h40 e durou cerca de três horas.
Entretanto, há a possibilidade de novas intervenções para tratar as constantes crises de soluços que Bolsonaro vem sofrendo, de acordo com o médico.
“Estamos inserindo um novo tratamento mais otimizado. A partir disso, vamos observar a evolução clínica dele e o espaçamento do quadro de soluços. É um sintoma que preocupa muito, porque prejudica o sono. É uma preocupação nossa”, explicou Cláudio Birolini.
