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Quais drogas são detectadas no exame toxicológico para tirar CNH?

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Quais drogas são detectadas no exame toxicológico para tirar CNH?

A partir desta terça-feira (9/12), o exame toxicológico passa a ser obrigatório para quem for tirar pela primeira vez a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) para as categorias A (motocicletas) e B (carros de passeio).

Até então, o teste negativo era exigido apenas para as categorias C, D e E, ou seja, a motoristas que dirigem ônibus, micro-ônibus, vans e veículos de transporte escolar. Agora, as mesmas regras para o exame passam a valer para todas as categorias da CNH.

Segundo dados da Secretaria Nacional de Trânsito (Senatran), o exame toxicológico exigido para se obter a CNH é o de larga janela de detecção, com o objetivo de verificar o consumo, ativo ou não, de substâncias psicoativas até 90 dias antes do procedimento.

O exame detecta as seguintes substâncias:

As substâncias detectadas são definidas pela Resolução Nº 293 do Conselho Nacional de Trânsito (Contran).

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Como é feito esse exame?

O exame toxicológico de larga janela de detecção é realizado mediante uma amostra queratínica, pode ser cabelos e/ou pelos. Na ausência destes, pode ser feito pelas unhas, mas somente com apresentação de laudo médico dermatologista que comprove alopecia universal. O aspirante a motorista pode escolher de onde as amostras serão tiradas.

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Saiba tudo sobre o exame toxicológico, agora obrigatório para CNH A e B

Reprodução Laboratório Multianálises2 de 3

Saiba tudo sobre o exame toxicológico, agora obrigatório para CNH A e B

Reprodução – Laboratório Labest3 de 3

Coleta de amostra para teste toxicológico de cnh

Reprodução RB Medicina

Exames de urina e sangue têm uma janela de detecção de poucos dias. Já os fios capilares e pelos corporais, ao contrário, oferecem um histórico prolongado e detalhado do consumo de drogas.

O exame toxicológico é feito apenas por laboratórios credenciados pela Senatran. Estes, por sua vez, contratam postos de coleta laboratorial (PCL), que serão responsáveis pelo apanhamento das amostras. Confira aqui a lista de laboratórios habilitados. 

O Código de Trânsito Brasileiro (CTB) veda os entes públicos de fixar preços aos exames previstos, desse modo, a precificação é definida pela livre concorrência.

Sim, até 90 dias, a partir da data da coleta, podendo ser utilizado para outros fins.

Uma vez detectado o consumo desse tipo de substância é preciso comprovar o uso em decorrência de prescrição médica e dessa maneira é assegurado o direito da habilitação, renovação e mudança entre categorias.

Ao cidadão é assegurado o direito à contraprova e ao recurso administrativo, que deverão ser apresentados diretamente ao laboratório responsável. A contraprova é realizada com a amostra original, em vez de ser realizada por outro laboratório e/ou nova amostra biológica. Geralmente, os laboratórios colhem duas amostras para garantir o resultado.

Votação no Congresso

Durante a discussão da matéria, deputados estimaram que a exigência do exame fará com que quem tira a primeira habilitação tenha de pagar entre R$110 e R$250 a mais no processo. A votação para retomar a obrigatoriedade do exame no projeto foi expressiva: 417 votos na Câmara e 72 no Senado.

A lei ainda autoriza clínicas de aptidão física e mental a atuarem como postos de coleta do exame. O texto ainda autoriza o uso de recursos arrecadados com multas de trânsito para financiar a formação de motoristas de baixa renda (CNH Social).

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