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Quem é a ex-BBB que briga com a Caixa por bolões de loteria

Quem é a ex-BBB que briga com a Caixa por bolões de loteria

A ex-integrante do Big Brother Brasil que trava uma briga na Justiça com a Caixa Econômica Federal, conforme revelou a coluna, pelo direito de intermediar apostas e bolões de loteria é a empresária Paula Cristina de Souza Leite, a Paulinha Leite, dona da Unindo Sonhos.

Participante da edição de 2011 do BBB, Paulinha Leite é influenciadora digital e ganhou fama nos últimos anos por ganhar mais de 70 vezes na loteria e divulgar suas apostas nas redes sociais. Ela já ganhou R$ 1,5 milhão na Mega da Virada 2024/2025. Ela tem mais de 1,5 milhões de seguidores no Instagram.

Nascida em Boa Vista (RR) em 1987, Paulinha Leite fundou em 2012 a Unindo Sonhos, empresa que administra bolões na loteria. “Em 4 anos, já repassamos mais de 32 milhões de reais aos nossos apostadores!”, diz o perfil da empresa no Instagram, que conta com mais de 738 mil seguidores.

Na plataforma Reclame Aqui, a empresa acumula mais de 450 reclamações, sendo algumas de usuários que pedem estorno do valor depositado na carteira de apostas e também queixas sobre dificuldade de sacar o prêmio. Há ainda apostadores frustrados que pedem cancelamento do vínculo com a empresa por entenderem que nunca ganham nada com os bolões.

Paulinha Leite com bilhete premiado de loteria premiadoA ex-BBB Paulinha é conhecida por ganhar várias vezes na loteria

Entenda a briga na Justiça entre a empresa de Paulinha Leite e a Caixa Econômica

A Caixa entrou com um processo contra a Unindo Sonhos para impedir que a empresa atue na intermediação das apostas, sob a alegação de que é a única empresa autorizada no país, por lei, a realizar serviços de loteria. Por outro lado, a companhia de Paulinha Leite nega irregularidades, assegura que não realiza qualquer tipo de sorteio e, por fim, explica que apenas organiza bolões entre amigos, conhecidos e seguidores das redes sociais.

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Cartela da Mega da Virada

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Mega da Virada

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Mega da Virada

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PEDRO IFF/METRÓPOLES

Em agosto, o juiz federal João Bosco Costa Soares da Silva, da Seção Judiciária de Roraima, chegou a determinar que a empresa de Paulinha Leite parasse de divulgar as atividades e que removesse todo o conteúdo das redes sociais e da internet.

O desembargador do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1) Newton Ramos suspendeu, contudo, a decisão até que o processo tenha o mérito julgado. Com a medida, o site da Unindo Sonhos segue em atividade para os próximos concursos, inclusive a Mega da Virada, com prêmio estimado de R$ 1 bilhão, além da +Milionária, Quina, Lotofácil e Lotomania. O valor dos jogos de loteria no site de Paulinha Leite começa em R$ 5 e escalona até chegar a R$ 2.515.

A disputa entre a Caixa e a ex-BBB é mais um dos processos abertos pelo banco contra os sites de intermediação de jogos. A coluna mostrou no domingo (21/12) que o Tribunal Regional Federal da 3ª Região (TRF-3) adiou julgamento que poderia proibir a atuação do MegaLoterias.

A disputa opõe o banco a setores do próprio governo. A Secretaria de Prêmios e Apostas do Ministério da Fazenda, em ofício do ano passado, considerou que os sites não administram, mas apenas intermedeiam os jogos entre os apostadores e a Caixa.

Em outra frente, o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) abriu investigação para avaliar possíveis práticas anticoncorrenciais no mercado ao tentar bloquear a atividade do setor. O órgão reconheceu que a atividade de intermediação é lícita e que o mercado se divide em dois segmentos distintos: a administração, pelo banco, e a intermediação, pelos outros agentes.

O que dizem a Caixa e a Unindo Sonhos, da ex-BBB Paulinha Leite, sobre os bolões

A Caixa explica que, no decreto-lei 759/1969, o governo federal definiu que uma das finalidades do banco é operar “com exclusividade” os serviços de loterias no Brasil.

Caixa Econômica Federal

Além disso, a lei 6.717/1979 autoriza a Caixa a fazer sorteios de loteria federal em datas agendadas e com prêmios. Já a lei 12.869/2013 lhe concede o “poder outorgante”, ou seja, a chancela para realizar licitações que selecionam pessoas ou empresas para operar casas lotéricas.

A Caixa também argumentou que a Unindo Sonhos utilizou indevidamente as marcas do banco e obteve lucro. A empresa de Paulinha Leite rebateu que o uso era “meramente informativo e que sua atividade é lícita”.

Além disso, sustentou a “ilegitimidade ativa” da Caixa no caso em tela. Afirmou, ainda, que trabalha somente como “intermediadora entre particulares por meio de contratos de mandato, adquirindo apostas em lotéricas oficiais, o que não caracterizaria exploração de serviço público”.

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