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    Quem é o auditor da CGU flagrado agredindo mulher e criança no DF

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    O homem flagrado em vídeo agredindo uma mulher de 40 anos e o filho dela, uma criança de quatro, é David Cosac Junior (foto em destaque), auditor federal da Controladoria-Geral da União (CGU).

     

    David ocupa, desde 2016, o cargo de auditor federal de Finanças e Controle do órgão, com salário mensal em torno de R$ 25 mil. Antes disso, nomeado em 2007, atuou como analista de Finanças e Controle, também na CGU.

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    Em um perfil privado nas redes sociais, ele se apresenta como educador financeiro com atuação em investimentos na bolsa de valores e afirma ter “fé inabalável em Deus, no ser humano e no combate à corrupção”.

    O auditor também atua como palestrante. Em um anúncio feito pela Igreja Foi Por Você, ele é descrito como mestre em Ciências de Dados, servidor público, Master Coach e educador financeiro.

    “Acredita que toda abundância vem de uma mente saudável e positivamente transformada, tornando uma reação em cadeia. Pessoas mudando a vida de outras pessoas”, diz o texto.

    Quem é o auditor da CGU flagrado agredindo mulher e criança no DF - destaque galeria3 imagensO homem não foi presoDe acordo com a apuração da coluna, o agressor ocupa o cargo de auditor federal da Controladoria-Geral da União (CGU).Fechar modal.MetrópolesAs agressões foram registradas pelas câmeras de monitoramento do prédio1 de 3

    As agressões foram registradas pelas câmeras de monitoramento do prédio

    O homem não foi preso2 de 3

    O homem não foi preso

    Reprodução/WebDe acordo com a apuração da coluna, o agressor ocupa o cargo de auditor federal da Controladoria-Geral da União (CGU).3 de 3

    De acordo com a apuração da coluna, o agressor ocupa o cargo de auditor federal da Controladoria-Geral da União (CGU).

    Reprodução/Instagram

    As agressões

    A coluna teve acesso a um vídeo que mostra um homem de 49 anos agredindo uma mulher e uma criança. A violência ocorreu por volta das 19h40 do dia 7 de dezembro, no estacionamento de um prédio residencial em Águas Claras, no Distrito Federal.

    Moradores que presenciaram as agressões relataram à reportagem que acionaram a Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) após tomarem conhecimento do episódio. Apesar disso, o homem não foi preso.

    Nas imagens, a mulher aparece segurando a criança no colo, aparentemente dormindo sobre seu ombro, quando, de forma repentina, David avança contra os dois e passa a desferir tapas no menino. Em seguida, mãe e filho caem no chão, mas as agressões continuam. O auditor segue atacando as vítimas e chega a puxar a criança pelo braço. Na tentativa de protegê-lo, a mulher se deita sobre o menino.

    Após se levantarem, o homem volta a agredir a criança, desferindo um tapa violento na cabeça do garoto.

    A denúncia

    Procurada pela coluna, a PCDF informou que, na data dos fatos, recebeu uma denúncia anônima relatando que um morador de um edifício em Águas Claras havia agredido uma mulher e o filho dela. A denúncia foi acompanhada por um vídeo das agressões.

    Uma equipe policial foi até o endereço, onde o suspeito recebeu os agentes na presença do subsíndico do prédio. Aos policiais, David alegou que havia encerrado o relacionamento com a mulher e que os dois se desentenderam, entrando em vias de fato.

    Segundo a corporação, o autor telefonou para a ex-namorada e repassou o aparelho a uma agente da delegacia, que conversou com a vítima. A mulher afirmou que havia terminado o namoro e que não desejava registrar ocorrência contra o agressor.

    Ainda conforme a PCDF, a agente orientou que a criança fosse apresentada na 21ª Delegacia de Polícia (Taguatinga Sul) para, posteriormente, ser encaminhada ao Instituto Médico Legal (IML).

    O subsíndico se comprometeu a preservar as imagens do episódio e apresentá-las à unidade policial. Ele afirmou, ainda, não ter conhecimento de episódios anteriores de violência doméstica envolvendo o suspeito.

    O caso é investigado pela Seção de Atendimento à Mulher da 21ª DP.

    A coluna tenta contato com o auditor. O espaço para a defesa segue aberto.